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Intervenção afasta diretores de fundo de pensão dos Correios

O ex-presidente do Postalis disse que o déficit estava concentrando nos planos de benefício definido – aquele em que a pessoa sabe quanto vai receber

Por Fabiana Futema Atualizado em 4 out 2017, 20h40 - Publicado em 4 out 2017, 19h25

O Postalis, o fundo de pensão dos Correios, está sob intervenção da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) por 180 dias. Todos os membros da diretoria e conselhos do fundo foram destituídos de seus cargos.

Em nota, o Postalis informa que o auditor fiscal da Receita Federal Walter de Carvalho Parente foi nomeado para o cargo de interventor.

“O interventor passou o dia de hoje reunido com os gestores das áreas técnicas para determinar as novas diretrizes e procedimentos a serem seguidos pela entidade”, informa o fundo.

Segundo o Postalis, o pagamento dos benefícios, empréstimos e demais serviços prestados aos quase 140 mil participantes permanecem garantidos.

Em entrevista a VEJA em setembro, Christian Schneider, então presidente do Postalis, disse que o déficit estava concentrando nos planos de benefício definido – aquele em que a pessoa contribui sabendo quanto vai receber. Desde 2008 já não é mais possível aderir a esse tipo de plano.

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Para equacionar o déficit desses planos, Schneider afirmou que os contribuintes vinham pagando uma parcela adicional de equacionamento de 17,92% referente ao desempenho negativo de 2012, 2013 e 2014. Para equilibrar o déficit de 2015, os participantes teriam de pagar um adicional de mais 2,73% sobre o valor do benefício. O adicional deve se pago por mais de 20 anos pelos participantes.

Na ocasião, Schneider atribuiu o déficit do plano a uma série de fatores, como decisões equivocadas de investimento feitas por uma empresa contratada pela gestão anterior. Ele disse que o Postalis estava acionando essa empresa na Justiça para recuperar parte das perdas.

“Déficit está relacionado ao desempenho da economia, alguns ativos, que podiam ser bons ativos, acabaram não performando. Houve má gestão por parte administrador fiduciário e dos gestores escolhidos. E também tivemos investimentos feitos contra as regras de boa governança, sem garantias ou com garantias mal construídas”, afirmou ele em setembro.

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