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Inflação segue dobrando a meta e prévia é a maior para abril em 27 anos

IPCA-15 acumula alta de 12,03% em 12 meses, bem acima do limite da meta do ano, de 5%; combustíveis, alimentos e gás de cozinha continuam sendo vilões

Por Larissa Quintino Atualizado em 2 Maio 2022, 11h13 - Publicado em 27 abr 2022, 09h10

Realidade no mundo todo, mas com um cenário ainda mais preocupante no Brasil, como mostra VEJA desta semana, a inflação continua renovando máximas. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, variou 1,73% em abril, acelerando em cima da taxa registrada em março, de 0,95%. Trata-se da maior variação já registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para um mês desde fevereiro de 2003, quando os preços dispararam 2,19%. No comparativo de abril, essa é a maior taxa desde 1995, quando o índice foi de 1,95%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 27. 

Em doze meses, o IPCA-15 acumula alta de 12,03%, acima dos 10,79% registrados nos doze meses imediatamente anteriores e mais que o dobro da meta prevista para a inflação neste ano, que tem limite de até 5%.  

Com alta em praticamente todas as categorias pesquisadas, combustíveis, alimentos e gás de cozinha pesaram ainda mais entre março e abril. A subida dos preços no mercado internacional por causa do conflito entre Rússia e Ucrânia pressionou ainda mais os preços que já vinham crescendo no Brasil.

Segundo o IBGE, o maior impacto foi justamente no grupo de transportes (3,43%). A gasolina teve alta de 7,51% e também subiram os preços do óleo diesel (13,11%), do etanol (6,60%) e do gás veicular (2,28%). As passagens aéreas, que haviam recuado em março (-7,55%), aceleraram 9,43% em abril. Serviços relacionados aos transportes também aumentaram: os preços do seguro de veículo (3,03%) aceleraram pelo oitavo mês consecutivo, acumulando 23,46% de variação nos últimos doze meses. Houve alta ainda no preço dos táxis (4,36%), das passagens de metrô (1,66%) e dos ônibus urbanos (0,75%).

Os preços de alimentos e bebidas avançaram 2,25%, puxados pelos itens consumidos no domicílio (3%), principalmente o tomate (26,17%) e o leite longa vida (12,21%). Outros produtos também tiveram altas expressivas: a cenoura (15,02%), o óleo de soja (11,47%), a batata-inglesa (9,86%) e o pão francês (4,36%).

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A alta do gás de botijão (8,09%) teve o maior impacto em habitação (1,73%). Também subiram os preços do gás encanado (3,31%). A segunda maior contribuição no grupo foi da energia elétrica (1,92%), com os reajustes de mais de 15% nas duas concessionárias pesquisadas no Rio de Janeiro (11,25%).

Todos os itens de vestuário (1,97%) tiveram alta em abril, inclusive as joias e bijuterias (0,61%), cujos preços haviam caído em março (-0,53%). A maior contribuição, porém, veio das roupas femininas, com alta de 2,70%.

O grupo saúde e cuidados pessoais (0,47%) desacelerou em relação a março (1,30%) por causa dos itens de higiene pessoal (-0,87%), que haviam subido 3,98%. Já os produtos farmacêuticos tiveram alta de 3,37%, depois da autorização do reajuste de até 10,89% no preço dos medicamentos, a partir de 1º de abril. Com exceção de comunicação (-0,05%), todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em abril. Os demais grupos ficaram entre o 0,05% de educação e o 0,94% de artigos de residência.

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