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Inflação e Black Friday: evento deve ter aumento na busca de itens básicos

Alimentos e combustíveis são itens que entram na lista dos consumidores em meio à alta dos preços

Por Luana Zanobia Atualizado em 26 nov 2021, 20h03 - Publicado em 25 nov 2021, 12h31

Com inflação acumulada de 10,73% em doze meses até novembro, segundo o IPCA-15, e com um salário mínimo que já perdeu 62,37% de poder de compra em 2021, a expectativa é que a Black Friday deste ano seja marcada pela procura de itens básicos, como alimentos e até mesmo combustíveis. A já tradicional data de promoções no comércio eletrônico e físico deve movimentar 3,93 bilhões, estima a Confederação Nacional do Comércio (CNC), alta de 3,84% em relação ao ano passado. Apesar da expectativa de avanço no faturamento, a inflação de dois dígitos é um obstáculo. Descontada a inflação, a cifra terá um recuo de 6,5%, o primeiro em cinco anos. Pesa sobre o resultado o cenário pós-pandemia com inflação e alto nível de desemprego.

Os alimentos estão entre os itens mais procurados na lista de compra dos consumidores neste ano, segundo a pesquisa da Ebit/Nielsen: 14% estão interessados em colocar o item no cesto, aumento de dois pontos percentuais em relação aos 12% do ano passado. Na pesquisa da Neotrust, que engloba alimentos e bebidas, esse percentual é ainda maior, de 17,6%.

Tendo em vista essa procura, redes de supermercados como Carrefour e Grupo Pão de Açúcar, ampliaram os descontos para produtos de necessidade básica. Nesta quinta-feira, 25, o site do Pão de Açúcar traz em seu site uma promoção com 70% de desconto em uma seleção de produtos básicos (alimentos, bebidas e higiene). O site ainda traz um combo de produtos de limpeza com desconto de 50%, assim como leites, chocolates e café. No Carrefour, os descontos são em toda a linha de produtos, desde os eletrodomésticos até produtos essenciais. “Como somos um ecossistema composto por e-commerce e lojas físicas dos mais diferentes formatos, nossos clientes podem esperar ofertas especiais tanto de itens não-alimentares (eletroeletrônicos, bazar, têxtil, entre outros) quanto de alimentos, especialmente neste momento em que as famílias estão sendo afetadas pela queda do rendimento e aumento do custo de vida”, diz Daniel Milagres, diretor de marketing do Carrefour Brasil.

O movimento do setor é um dos mais importantes. O IPCA para os alimentos acumula alta 11,71% em doze meses até outubro, mais que a inflação medida pelo IPCA geral. A estimativa da CNC de faturamento para os hipermercados e supermercados é de 779 milhões de reais. “Para a edição deste ano, levando em conta esse cenário, entendemos também que era importante ir além para ajudar a sociedade. Por isso, além das vantajosas ofertas, nossos clientes poderão aproveitar a Black Friday para comprar produtos da marca própria Carrefour, que estão com preços congelados até o dia 10 de janeiro de 2022”, diz Milagres.

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Outro item que deve ser disputado na Black Friday este ano são os combustíveis. Postos de combustíveis de diversas redes como Shell, Petrobras e outras já começaram a oferecer descontos para os consumidores. O preço médio da gasolina hoje é de 6,7 reais, chegando em 8 reais em algumas localidades. Os combustíveis hoje são os grandes vilões da inflação. A gasolina teve alta de 6,62% em novembro. No ano, o combustível acumula variação de 44,83% e, em 12 meses, de 48%.

A  Neotrust, empresa de pesquisa para o varejo online, tem uma visão mais otimista para o evento e prevê um faturamento de 6,1 bilhões, crescimento de 18% em relação ao ano anterior. Parte desse crescimento, deve-se ao maior número de pedidos e consumidores online, mas também de um aumento nos preços com valorização do dólar frente ao real e inflação. “O salto no número de pedidos e no faturamento do primeiro e segundo trimestre de 2021, quando comparamos os trimestres dos anos anteriores, faz com que o varejo tenha altas expectativas para este fim de ano, ainda mais quando consideramos o tíquete médio de outras datas e da Black Friday”, analisa o CEO da Neotrust, Fabrício Dantas.

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