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Inflação acelera para 0,84% em fevereiro com reajustes escolares

No mês, oito dos nove grupos tiveram variação positiva; transportes e alimentação, que tem maior peso, desaceleraram em relação a janeiro

Por Larissa Quintino Atualizado em 10 mar 2023, 21h18 - Publicado em 10 mar 2023, 09h37

A inflação segue pressionando o bolso do consumidor brasileiro. Em fevereiro, o índice acelerou 0,84%, acompanhando o fator sazonal dos preços de educação, que sobem tradicionalmente neste mês com o começo do ano letivo. No ano passado, por exemplo, o indicador foi de 1,01% para o período. Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira, o IPCA acumula alta de 1,37% no ano e, nos últimos 12 meses, de 5,60%, abaixo dos 5,77% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, todos subiram, à exceção de vestuário, que teve deflação de 0,24%, após meses de altas sucessivas. Maior peso da inflação neste mês, o grupo educação teve variação de 6,28%, a taxa mais alta para as atividades em 19 anos, quando variou 6,70% em 2004. Seguindo educação, vieram saúde e cuidados pessoais (1,26%) e habitação (0,82%), que aceleraram em relação a janeiro. Por outro lado, transportes (0,37%) e alimentação e bebidas (0,16%) tiveram variações inferiores às do mês anterior — esses dois grupos, respectivamente, têm o maior impacto na cesta de produtos e serviços pesquisada pelo IBGE. Os demais grupos ficaram entre o 0,11% de artigos de residência e o 0,98% de comunicação.

“Fevereiro é sempre muito marcado pela educação, pois os reajustes efetuados pelos estabelecimentos de ensino na virada do ano são contabilizados nesse mês. Normalmente, essa alta de educação fica indexada ao próprio IPCA, ou seja, o reajuste das mensalidades é baseado na inflação do ano anterior”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

Os cursos regulares subiram 7,58%, puxados pelas altas de ensino médio (10,28%), ensino fundamental (10,06%), pré-escola (9,58%) e creche (7,20%). O subitem ensino fundamental foi o de maior impacto individual no índice do mês, com 0,15 ponto percentual. Também se destacaram as altas do ensino superior (5,22%), dos cursos técnicos (4,11%) e de pós-graduação (3,44%).

Influenciado principalmente pelo aumento de 2,80% nos preços dos itens de higiene pessoal, o grupo saúde e cuidados pessoais teve variação de 1,26%. Após a queda de 5,86% em janeiro, os perfumes tiveram alta de 7,50% e contribuíram com 0,08 p.p. no índice do mês. Além disso, os preços dos produtos para pele subiram 4,54%, com impacto de 0,02 p.p. no IPCA de fevereiro. Houve, ainda, o resultado do plano de saúde (1,20%), que segue incorporando as frações mensais dos planos novos e antigos referentes ao ciclo de 2022-2023.

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No grupo habitação (0,82%), a maior contribuição (0,05 p.p.) veio da energia elétrica residencial (1,37%). As variações das áreas ficaram entre -2,04% em Rio Branco, onde houve redução de PIS/COFINS, até 6,98% em Belo Horizonte, onde as tarifas de uso dos sistemas de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD) foram reincluídas na base de cálculo do ICMS, a exemplo do que ocorreu também em outras regiões, como Curitiba (5,94%) e Vitória (4,98%). O retorno dessa cobrança adicional ocorreu em virtude de decisão proferida recentemente pelo Supremo Tribunal Federal.

Em transportes (0,37%), a maior contribuição (0,05 p.p.) veio da gasolina (1,16%), que foi o único combustível com alta em fevereiro. Etanol (-1,03%), gás veicular (-2,41%) e óleo diesel (-3,25%) tiveram quedas superiores a 1%. Os preços das passagens aéreas, que recuaram 9,38%, contribuíram para a desaceleração do grupo na comparação com o mês de janeiro (0,55%).

O resultado do grupo alimentação e bebidas, por sua vez, sofreu influência da desaceleração da alimentação no domicílio, que passou de 0,60% em janeiro para 0,04% em fevereiro. Houve queda mais intensa nos preços das carnes (-1,22%) e foram registrados recuos nos preços da batata-inglesa (-11,57%) e do tomate (-9,81%), que haviam tido altas no mês anterior (14,14% e 3,89%, respectivamente). No sentido oposto, o destaque foi o leite longa vida (4,62%), cujos preços voltaram a subir após seis meses seguidos de quedas.

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