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Indústria na zona do euro tem queda; PIB deve contrair

Por Da Redação
14 fev 2012, 10h09

BRUXELAS, 14 Fev (Reuters) – A produção das fábricas na zona do euro caiu em dezembro, refletindo uma economia europeia fraca, que provavelmente se retraiu no final de 2011, mas cuja recuperação é esperada para este ano.

A produção industrial nos 17 países que compartilham o euro caiu 1,1 por cento em dezembro ante novembro, um pouco menos que a previsão de queda de 1,2 por cento dada por economistas consultados em pesquisa da Reuters.

Em base anualizada, a produção industrial retraiu 2 por cento, resultado pior que a estimativa de 1 por cento dos economistas, informou o escritório de estatísticas da União Europeia (UE) Eurostat, uma vez que a crise da dívida da Europa continuou prejudicando a confiança entre consumidores e empresários.

Dados que serão divulgados na quarta-feira devem mostrar que a economia da zona do euro se contraiu no período entre outubro e dezembro do ano passado, em relação ao terceiro trimestre. Com a produção industrial caindo 1,8 por cento no quarto trimestre, muitos economistas esperam que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha recuado 0,3 por cento.

Esse seria o primeiro registro em território negativo para a economia da zona do euro desde o segundo trimestre de 2009, no auge da crise financeira global, quando a produção encolheu 0,2 por cento, de acordo com a Eurostat.

“Os dados da produção industrial de dezembro aumentam a evidência de que a economia recuou fortemente no quarto trimestre”, afirmou o economista da Capital Economics em Londres Ben May, que prevê uma queda mais profunda, de 0,5 por cento do PIB.

Na Alemanha, a maior economia do bloco, a produção industrial afundou 2,7 por cento em dezembro.

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A queda mensal de 0,8 por cento na produção de bens de capital em dezembro alimentou as suspeitas de que os empresários ainda estão reduzindo os seus planos de investimento, afirmou o economista-chefe da IHS Global Insight, Howard Archer.

A tendência se repetiu nas vendas do varejo da zona do euro em dezembro, a maior queda no período de Natal em três anos.

Bélgica, Portugal e Grécia já estão em recessão e espera-se que o resto da zona do euro passe por uma pequena recessão neste ano, apesar de dados recentes sugerirem que a retração seja amena e que a economia alemã possa evitar a recessão.

MOVIMENTO DE ASCENSÃO

O índice alemão ZEW, que mede a confiança dos investidores e foi divulgado separadamente nesta terça-feira, subiu pelo terceiro mês consecutivo em fevereiro, voltando ao território positivo pela primeira vez desde maio do ano passado.

“A economia global aparenta estar melhorando novamente, o valor do euro caiu e o afrouxamento monetário em larga escala está permitindo que as taxas do mercado caiam”, afirmou o economista do Commerzbank Ralph Solveen, em um comunicado recente a clientes.

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A economia norte-americana está tendo um desempenho melhor do que muitos economistas esperavam no final do ano passado e a taxa de desemprego do país caiu para 8,3 por cento em janeiro, abaixo da taxa de 8,7 por cento em novembro.

Um período de calma relativa nos mercado de capitais, ajudado pela oferta do Banco Central Europeu (BCE) de fundos ilimitados aos bancos, também impulsionou a confiança entre empresários, principalmente no rico norte da Europa.

“Indicadores de sentimento e os fortes dados da economia também devem apontar para cima nos próximos meses, desde que a crise da dívida soberana não tenha uma escalada considerável de novo”, afirmou Solveen.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta uma contração de 0,5 por cento para a zona do euro em 2012, mas a Comissão Europeia está mais otimista e prevê crescimento de 0,5 por cento, embora isso possa mudar quando o órgão executivo divulgar suas novas previsões na quinta-feira.

(Reportagem de Robin Emmott)

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