Rio de Janeiro, 5 jan (EFE).- A produção da indústria brasileira cresceu em novembro 0,3% na comparação com outubro, após três meses consecutivos de retração, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre agosto e outubro, como consequência da queda da demanda externa provocada pela crise econômica internacional, a produção das fábricas brasileiras tinha acumulado uma queda de 2,6%.
Apesar da reação em novembro, o crescimento acumulado da produção industrial nos 11 primeiros meses do ano passado foi reduzido a 0,4%, após ter sido de 0,7% nos dez primeiros meses de 2011.
Da mesma forma, o crescimento acumulado da produção anualizado (dezembro de 2010 a novembro de 2011) foi de 0,6%, após ter sido de 1,3% um mês antes.
Esses resultados confirmam a tendência de desaceleração do setor em 2011, após o crescimento de 10,5% registrado em 2010, sua maior expansão em 24 anos.
A desaceleração industrial está de acordo com a da própria economia brasileira, que segundo as últimas previsões, registrou em 2011 um crescimento de 3%, após ter expandido 7,5% em 2010.
A indústria é o setor mais afetado pela crise internacional porque grandes parceiros comerciais brasileiros reduziram suas importações de bens industriais.
Segundo o IBGE, a produção das fábricas em novembro foi em 2,5% inferior à do mesmo mês de 2010, o pior resultado nesta comparação desde outubro de 2009, quando a retração foi de 3,1%.
Em outubro, a produção já tinha encolhido 2,2% na comparação com o mesmo mês de 2010 e em setembro em 1,6%.
O resultado da produção industrial em novembro é o primeiro indicador que mostra uma reação da economia brasileira após a estagnação registrada nos meses anteriores como consequência da crise internacional.
Segundo o Governo, a economia brasileira estagnou no terceiro trimestre do ano passado na comparação com o segundo. Dos 27 setores industriais analisados, 18 registraram crescimento de sua produção em novembro na comparação com outubro.
Os segmentos que lideraram a reação foram os de máquinas e equipamentos, cuja produção aumentou 4%, veículos automotores (1,5%), edição e impressão (3,4%), produtos de metal (3,9%) e farmacêutica (3,3%).
Entre os setores cuja produção encolheu estão petróleo e etanol, com uma queda de 5,3%, material eletrônico e de comunicações (7,5%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (8,3%). EFE