A produção industrial brasileira avançou 0,3% em 2011, muito abaixo da expansão de 10,5% de 2010, anunciou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta segunda-feira.
Em dezembro, a indústria brasileira avançou 0,9% sobre novembro, mas registrou um retrocesso (-1,2%) na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
“O setor industrial apresentou uma clara perda de ritmo a partir de abril”, informou o IBGE.
O resultado positivo de 2011 se deve principalmente a uma expansão de 1,7% na primeira metade do ano, já que, no segundo semestre, a produção desacelerou 1%.
Os melhores resultados no ano aconteceram no setor automotivo (+2,4%), outros equipamentos de transporte (+8%) e indústrias de extração (+2,1%), enquanto que os piores foram a indústria têxtil (-14,9%), outros produtos químicos (-2,1%), calçados e artigos de couro (-10,4%) e máquinas, aparelhos e material elétrico (-3,7%).
As duas grandes causas da redução do ritmo na indústria brasileira foram a crise internacional e a valorização do real frente ao dólar, que favorece as importações, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
“Tivemos um crescimento muito grande em 2010 e esperávamos um crescimento baixo neste ano, mas não tão baixo”, declarou o presidente da CNI, Robson Braga, aos jornalistas em dezembro.
A CNI esperava que 2011 fechasse com uma expansão de 1,8%.