Índice de Preços ao Produtor sobe em fevereiro após quatro quedas seguidas
Setores extrativo e de refino de petróleo puxaram alta nos preços, já o de alimentos sofreu queda
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que calcula a variação de preços de produtos industrializados na porta de saída das fábricas, registrou inflação de 0,43% em fevereiro. É a primeira alta depois de quatro meses de queda, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta em fevereiro foi puxada pelos setores extrativo e de refino de petróleo. O aumento de 7,97% nas indústrias extrativas compensou a queda de 7,59% do mês passado e foi o maior resultado em quatro meses no setor. Já os preços dos produtos de refino de petróleo subiram 4,22%, a maior alta desde setembro de 2018.
Apesar disso, apenas onze das 24 atividades apresentaram alta em fevereiro. Os preços ao produtor ainda acumulam -0,33% em 2019 e 8,36% nos últimos doze meses.
“O resultado foi bem marcado por duas atividades: indústrias extrativas e refino de petróleo, que, juntas, influenciaram o índice em 0,71 ponto porcentual, com destaque para a fabricação de minérios de ferro e óleos brutos de petróleo”, explica o analista do IPP, Manuel Campos.
Por outro lado, o setor de alimentos, de grande peso no índice, sofreu queda de 0,53% em fevereiro, o que segurou a taxa deste mês. “A queda foi pressionada pelos preços da carne bovina e da soja, muito em função da baixa do dólar, pois são produtos de exportação”, afirma o analista. Os setores de química, pelo quarto mês seguido, e metalurgia, pelo quinto mês seguido, também exerceram influência negativa.
Entre as grandes categorias econômicas, houve aumento de 0,23% em Bens de Capital, 0,64% em Bens Intermediários e 0,16% em Bens de Consumo. Os Bens de Consumo Duráveis tiveram alta 0,18%, enquanto Bens de Consumo Semiduráveis e Não Duráveis subiram 0,16%.