Inadimplência do consumidor cresce 16,9% em um ano
Brasileiros têm se endividado menos com bancos e mais com lojas, cartões de crédito e financeiras, revela o indicador da Serasa Experian
O crescimento recorde na criação de vagas formais de emprego, porém, fará com que uma parcela maior de brasileiros receba o 13º salário, o que deve levar muitas pessoas a quitar seus débitos no final do ano
A inadimplência do consumidor aumentou 1,8% em outubro na comparação com o mês anterior, segundo indicador da Serasa Experian divulgado nesta quarta-feira. Em relação ao mesmo período do ano passado, o salto na inadimplência foi de 16,9%.
Para os economistas da Serasa, o elevado grau de endividamento e o crescente comprometimento da renda com as dívidas, principalmente nas compras para o Dia das Crianças, contribuíram para a elevação do índice em outubro. O crescimento recorde na criação de vagas formais de emprego, porém, fará com que uma parcela maior de brasileiros receba o 13º salário, o que deve levar muitas pessoas a quitar seus débitos no final do ano.
No acumulado do ano – janeiro a outubro -, o indicador apresentou alta de 3,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Pelo oitavo mês consecutivo, a inadimplência com empresas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como fornecimento de energia elétrica e água) registrou crescimento. Na decomposição do indicador, esta modalidade puxou o crescimento do índice, contribuindo com 3% no resultado. As dívidas com os bancos apresentaram queda (-1,2%), contribuindo negativamente com 0,6%. Os títulos protestados e os cheques sem fundos também registraram declínio e acabaram contribuindo com queda de 0,1% e 0,5%, respectivamente, veja tabela abaixo.
Bancos – De janeiro a outubro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, o valor médio das dívidas com os bancos teve queda de 2,5%, representando a única modalidade com variação negativa. Já as dívidas com os cheques sem fundos, títulos protestados e cartões de crédito e financeiras registraram crescimento de 26,5%, 6,5% e 2%, respectivamente.