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Hollande anuncia suas propostas para modificar tratado fiscal

Por Por María Carmona
25 abr 2012, 16h40

O candidato socialista à presidência francesa, François Hollande, anunciou nesta quarta-feira que fará, se eleito, 4 propostas sobre o tratado orçamentário europeu.

Durante coletiva de imprensa, Hollande disse que, se for eleito, enviará no dia seguinte aos comícios um memorando aos chefes de Estado sobre a renegociação do tratado, e analisou suas propostas, entre elas a criação de eurobônus destinados a financiar grandes projetos de infraestrutura e um imposto às transações financeiras.

O candidato socialista, apontado como vitorioso pelas pesquisas no segundo turno da eleição presidencial francesa de 6 de maio, disse que suas propostas são: “criação de eurobônus, não para mutualizar as dívidas, mas sim para financiar projetos industriais e de infraestrutura, liberar fundos do Banco Europeu de Investimentos (BEI), criação de um imposto às transações financeiras e mobilização dos remanescente de fundos estruturais europeus, hoje inutilizados, para acompanhar projetos”.

Segundo Hollande, também será preciso que haja um diálogo com os chefes de Estado e de governo e com o Banco Central Europeu (BCE) “para que possamos enfrentar toda reativação da especulação e possamos fazer com que a economia real possa ser financiada”, disse.

O candidato socialista se declarou satisfeito pelo inesperado respaldo que recebeu do presidente do BCE, Mario Draghi, a seu pedido para que fosse elaborado um pacto de crescimento.

“Temos que voltar atrás e elaborar um pacto de crescimento”, disse Draghi em uma audiência ordinária da comissão para assuntos econômicos e monetários do Parlamento Europeu.

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Um porta-voz do BCE, no entanto, relativizou as palavras de Draghi, afirmando, em declarações feitas à AFP, que o presidente da instituição “não mudou sua mensagem”, mesmo tendo utilizado a expressão “pacto de crescimento”.

Paradoxalmente, a chanceler alemã, Angela Merkel, também elogiou a declaração do presidente do BCE, apesar de que suas declarações divergem com relação à política econômica da zona do euro.

Com relação a essa divergência, o candidato socialista à presidência francesa afirmou que, se for eleito, terá “discussões firmes e amistosas” com a chanceler alemã Angela Merkel.

Ao ser perguntado sobre um possível choque com Merkel, Hollande respondeu: “não creio que seja uma boa atitude, não estamos aqui para criar conflitos e muito menos para dissimular interpretações diferentes ou posições distintas”. Por isso, “terei que abrir discussões firmes e amistosas” com a chanceler, completou.

Hollande também reiterou sua oposição à inscrição na Constituição da “regra de ouro” orçamentária, defendida por Merkel.

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Hollande, que foi o candidato mais votado no domingo passado no primeiro turno das eleições presidenciais francesas, ficando à frente do atual chefe de Estado, Nicolas Sarkozy, aposta há semanas em uma renegociação do tratado de disciplina fiscal, firmado em março pela Europa, para agregar-lhe um programa de estímulo ao crescimento.

“A Europa não está condenada à recessão”, afirmou Hollande nesta quarta-feira em um texto destinado a 44,5 milhões de eleitores que irão votar no dia 6 de maio. “Graças a seu apoio, renegociarei o tratado europeu e nos protegerei da competitividade desleal”, completou.

Na terça-feira à noite, Hollande teve uma breve conversa com a chanceler alemã, Angela Merkel, que apóia Sarkozy, e disse a ela que aceitava a disciplina orçamentária, mas não a austeridade na qualidade de vida.

“Ela dirigiu a Europa com Sarkozy e estamos vendo os resultados”, disse Hollande em uma entrevista à rede de TV TF1. “Se for eleito presidente da República, proporei mudanças nos moldes europeus”, afirmou.

Hollande acredita que pode obter apoio na Europa para convencer a Alemanha a fortalecer as políticas a favor do crescimento e do emprego.

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