Guedes: governo deve prorrogar auxílio para acompanhar a vacinação
Calendário do programa deve ser estendido por mais "dois ou três meses", estimativa feita para a vacinação da população adulta por governadores e prefeitos
O governo federal pretende renovar o auxílio emergencial. A afirmação é do ministro da Economia, Paulo Guedes. Nesta terça-feira, 8, Guedes disse que o benefício voltado a trabalhadores informais que perderam renda deve ser renovado por mais dois ou três meses. A ideia é estender a proteção enquanto o Programa Nacional de Imunização avança.
Caso o benefício seja prorrogado por mais dois meses, chega até setembro, data que o Ministério da Saúde indica que encerrará a vacinação do grupo prioritário. O objetivo é de sincronizar o auxílio aos informais ao calendário da vacina. Assim, com a maioria da população vacinada, as restrições de circulações seriam menores, ajudando a recuperação da economia. Em São Paulo, por exemplo, o governo estadual anunciou que deve vacinar toda a população adulta até outubro, mesma previsão da Prefeitura do Rio de Janeiro. Ou seja, três meses após o fim do auxílio emergencial, que tem previsão de encerrar a transferência de dinheiro aos informais em julho.
“Possivelmente, nós vamos estender agora o auxílio mais dois ou três meses, porque a pandemia está aí. Os governadores estão dizendo que em dois ou três meses a população adulta vai estar toda vacinada, então nós vamos renovar por dois ou três meses o auxílio. E logo depois entra o Bolsa Família, já reforçado”, afirmou o ministro, em videoconferência com a Frente Parlamentar do Setor de Serviços na tarde desta terça-feira.
Caso siga os mesmos moldes do programa atual, com pagamento médio de 250 reais ao mês — variando entre 150 reais e 375 reais — a prorrogação custará entre 20 a 30 bilhões de reais ao governo federal. Pelos quatro meses de auxílio vigentes, o custo estimado é de 44 bilhões de reais, mas pode haver sobra estimada em 7 bilhões de reais, para ajudar na prorrogação.
Programa de qualificação
O ministro da Economia detalhou também os planos de um novo programa, o BIP, Bônus de Inclusão Produtiva, que visa qualificar jovens entre 18 e 20 anos para o mercado de trabalho.
De acordo com o ministro, o governo pagaria 275 reais e a empresa que fornece o curso de qualificação, outros 275 reais, permitindo ao jovem receber 550 reais, em um contrato por um período entre um a um ano e meio. A ideia é focar nos jovens “nem-nem”, que não trabalham ou não estudam. “Vai haver um aumento muito rápido do nível de emprego. Vamos pegar onde a incidência do desemprego é maior”, disse.