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Greve na Embraer é suspensa; sindicato reclama de ‘truculência’ da PM

Paralisação foi interrompida na manhã desta quarta-feira, após assembleia dos trabalhadores; houve confusão e presença da Polícia Militar

Por André Romani Atualizado em 25 set 2019, 16h59 - Publicado em 25 set 2019, 14h44

A greve de funcionários na planta matriz da Embraer, em São José dos Campos, foi suspensa na manhã desta quarta-feira, 25, informou a companhia. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região aprovou a paralisação na terça por aumento salarial. Segundo a entidade, não houve acordo e a ideia era dar continuidade ao movimento, mas a greve foi suspensa diante da “truculência policial”. A Polícia Militar informou que uma pessoa foi detida e justificou a intervenção afirmando que o sindicato impediu os trabalhadores de adentrarem na fábrica nesta quarta.

A principal demanda do sindicato é um aumento real de salário (acima da inflação). A companhia ofereceu aumento de 3,28%, o que representa o reajuste pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em doze meses, até setembro deste ano. Esta parte, inclusive, já foi creditada na folha salarial. Os trabalhadores, no entanto, querem reposição acima disso, chegando a 6,37%. Eles dizem não receber aumento real há quatro anos.

Segundo o sindicato, os trabalhadores do setor produtivo (6 mil dos 11 mil que operam na planta) aprovaram um novo dia de greve na manhã desta quarta. De acordo com a entidade, com a chegada dos funcionários administrativos, “homens da Polícia Militar e da Tropa de Choque fizeram um corredor polonês para que, intimidados, os trabalhadores entrassem na fábrica”, informou o sindicato, em nota. “Diante da truculência da Polícia Militar, o sindicato decidiu orientar os trabalhadores de todos os setores a entrarem na fábrica”, acrescenta.

Na confusão, um homem foi detido e levado à delegacia da Polícia Federal de São José dos Campos para prestar depoimento. O sindicato disse que vai entrar com uma denúncia no Ministério Público do Trabalho, pois diz que ele era um funcionário e foi espancado.

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A PM informa que foi acionada por funcionários da empresa, que desejavam entrar na fábrica. “Foi realizado contato por parte da Polícia Militar, a fim de mediar essa condição e liberar a passagem daqueles trabalhadores dispostos a entrar. Buscando a preservação dos direitos de ambas as partes, iniciou-se a negociação com os manifestantes, porém, não alcançando êxito foi necessária a intervenção policial para preservação da ordem pública”, diz a instituição, em nota.

De acordo com a Embraer, a paralisação foi suspensa “após os funcionários do primeiro turno e do administrativo entrarem normalmente para o trabalho pela manhã, não aderindo às manifestações organizadas pelo sindicato”.

Pauta

Além do reajuste de salário, os trabalhadores também pedem a manutenção na íntegra do acordo coletivo, vigente desde a década de 1970 e que teria de ser renovado até 1° de setembro. Segundo o sindicato, a Embraer propôs alterações nas regras, como acabar com a estabilidade para lesionados e liberar a terceirização de atividades fim na fábrica, aspectos que o acordo vedava.

A movimentação ocorre apenas na matriz da Embraer em São José dos Campos. Outras plantas da empresa não aderiram, porque não têm a mesma central sindical. A divergência de versões já tinha ocorrido na véspera, quando a medida foi aprovada. A Embraer alegava que a fábrica não estava paralisada, enquanto o sindicato comunicava que os funcionários tinham deixado a planta.

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