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Greve de caminhoneiros afeta rede hoteleira no feriado

Taxa de ocupação de hotéis despenca com a falta de combustível; em Santos, hotéis têm apenas 23% de reservas e em Campos do Jordão chega a 70%

Por Gilmara Santos
30 Maio 2018, 20h00

A paralisação dos caminhoneiros, que completou 10 dias nesta quarta-feira, segue causando impacto em diversos setores da economia nacional. O último a contabilizar as perdas causadas pelo movimento foi o segmento de hotéis, bares e restaurantes. Com fim de semana prolongado devido ao feriado de Corpus Christi, a expectativa era que as cidades turísticas acumulassem ocupação máximas em seus estabelecimentos. Além disso, a parada LGBT e a Marcha para Jesus, que ocorrem neste fim de semana, deveriam movimentar o setor também na Capital. Mas não é isso que está acontecendo.

A data abre a temporada em Campos do Jordão (SP), mas o índice de cancelamento de reservas é alto e chega a 30% na rede hoteleira. De acordo com o presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sinhores) da cidade, Paulo César da Costa, até o início da semana passada, quando começou a greve dos caminhoneiros, havia 100% de ocupação da rede hoteleira em Campos do Jordão. “Mas houve uma desistência alta e hoje nossa estimativa é que, no máximo, vamos fechar o feriado com 70% de ocupação”, calcula Costa.

“Este é o feriado mais importante para a cidade, representando até 40% do faturamento anual de alguns setores, mas este ano houve uma grande desistência dos hóspedes e isso terá impacto grande tanto hotéis quanto para restaurantes”, considera.

Para evitar cancelamento de reservas por causa da falta de combustíveis, um hotel de luxo em Campos do Jordão decidiu oferecer o transporte para os turistas no feriado. O Hotel Toriba tem pacotes que variam entre 6.800 reais o quarto para duas pessoas a 24,2 mil reais no caso do chalé para até seis pessoas no feriado.

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Os comerciantes de Santos, no litoral paulista, também contabilizam perdas. Conforme dados do Sinhores da cidade, a taxa de ocupação nos hotéis está em 23%. A expectativa era que ficasse entre 80% e 90%, segundo a entidade. Para se ter uma ideia, no ano passado mesmo com o Corpus Christi caindo numa quarta-feira, ou seja no meio da semana e sem feriado prolongado, a taxa de ocupação dos hotéis em Santos ficou em 46%.

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABHI) prevê que as perdas na Capital superem 1,8 milhão de reais em diárias de hotéis devido ao cancelamento das reservas causado pela greve dos caminhoneiros, sendo que para os 52 segmentos ligados ao turismo o prejuízo seria superior a 80 milhões reais. A estimativa é de queda a taxa de ocupação nos hotéis caia de 90% para 40%, principalmente nos estabelecimentos da região da Paulista e Centro, onde se concentram a maior parte dos hóspedes que vem para a parada LGBT e para a Marcha para Jesus.

De acordo com a Associação de Agência de Viagens (Abav) é estimado um prejuízo diário de mais de 50 milhões de reais, que envolvem cancelamentos, pousos técnicos para reabastecimentos, no shows e atendimento a passageiros que deixaram de embarcar.

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