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Grécia tem até hoje para mostrar que está alinhada com credores

Se não sinaliza que cumprirá termos de contrato, país não terá ajuda financeira prorrogada por mais quatro meses

Por Da Redação
23 fev 2015, 11h10

A Grécia tem até esta segunda-feira para sinalizar a seus credores internacionais que está comprometida em fazer reformas que visam a austeridade fiscal e controle das contas públicas. Só assim o país conseguirá estender por mais quatro meses a ajuda financeira que recebe de seus credores internacionais – a troika, grupo formado por Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia.

Na sexta-feira, os ministros das Finanças da zona do euro chegaram a um acordo para prorrogar o atual programa de ajuda, mas ele está condicionado ao aumento da eficiência do setor público e combate à sonegação de impostos. O novo governo de Atenas defendeu, em sua campanha eleitoral, o abrandamento das medidas de austeridade.

Os ministros do bloco do euro se reúnem novamente na terça-feira para discutir a lista de reformas que a Grécia deve apresentar nesta segunda, disse Martin Jaeger, porta-voz do ministério alemão das Finanças, acrescentando que Berlim espera que seja “coerente e plausível”.

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O governo grego se comprometeu na sexta-feira a priorizar as reformas mais consensuais, como a luta contra a fraude fiscal, a corrupção, a reconstrução da administração pública e também “a resposta à crises humanitária”.

Todas as medidas têm um custo orçamentário, mas a Grécia não terá de adotar medidas com impacto negativo sobre o Orçamento público, sem afetar assim a recuperação econômica e a estabilidade financeira local.

A Grécia conseguiu, no entanto, uma meta de superávit primário menor do que a exigida pelos credores anteriormente. Esta foi a única concessão da eurozona no plano financeiro.

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O pacto firmado na sexta dita que Atenas só possa utilizar os quase 11 milhões de euros do fundo de estabilidade bancária para a proteção do sistema financeiro. A segunda parte do programa de ajuda que não foi utilizado (3,6 bilhões de euros) só será concedida após a segunda avaliação das reformas, em abril.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, declarou no sábado que Atenas “venceu uma batalha”, durante um discurso no qual oscilou entre a defesa de um acordo que “deixa para trás a austeridade, o memorando, a troika” e a lucidez sobre a “batalha longa e difícil” que espera a Grécia. “Ganhamos a batalha, mas não a guerra. As dificuldades reais estão diante de nós”, afirmou o premier.

Economia – O acordo preliminar fechado pela Grécia na última sexta-feira “é um pequeno passo na direção correta”, segundo avaliação das economistas Daniele Antonucci e Elga Bartsch, do Morgan Stanley, mas as chances de erros no rumo da política, de volatilidade e de riscos de implementação continuam “muito altos e podem aumentar”.

Diante disso, as analistas reduziram a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) grego para este ano em 1,5 ponto porcentual, para 0,7%. “O alto grau de incerteza e a menor disponibilidade de crédito deverão afetar bastante a demanda doméstica, apesar da austeridade menor”, disseram.

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(Com agências Reuters, France-Presse, EFE)

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