Grécia cumpre prazo e paga € 460 milhões ao FMI
Pagamento de empréstimo, que vencia nesta quinta-feira, era visto como incerto por autoridades gregas
A Grécia cumpriu hoje o prazo para o pagamento de mais um empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI), informou um alto funcionário do Ministério de Finanças do país. A parcela, com vencimento nesta quinta-feira, era de cerca de 460 milhões de euros (494 milhões de dólares).
Durante reunião em Washington com a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, no último domingo, o ministro de Finanças grego, Yanis Varoufakis, disse que Atenas cumpriria “todas as suas obrigações com todos os seus credores”, numa tentativa de acabar com especulações de que o país poderia atrasar o pagamento.
A Grécia também fez um novo apelo por dinheiro aos países da zona do euro para evitar a falência, mas ouviu que terá de apresentar uma lista melhorada de reformas econômicas no prazo de seis dias úteis aos ministros das Finanças, para pavimentar o caminho de mais empréstimos, disseram altos funcionários da União Europeia (UE).
“Do lado grego houve uma indicação forte de que a liquidez está ficando muito ruim e um apelo para liberar algum tipo de apoio à liquidez antes da reunião dos ministros das Finanças da zona do euro em 24 de abril”, disse um assessor da zona euro.
Assim que a Grécia chegar a um acordo sobre um conjunto de medidas com seus credores, os governos da zona do euro e o FMI – e aprovar leis no Parlamento para implementá-las- pode obter 7,2 bilhões de euros que ainda precisam ser desembolsados, como parte de seu plano de resgate internacional de 240 bilhões de euros.
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Inflação e desemprego – Nesta quinta-feira, foram divulgados dois importantes indicadores no país, a inflação e a taxa de desemprego grego. O índice de preços ao consumidor (CPI) da Grécia recuou 2,1% em março em relação ao mesmo mês de 2014. O resultado se compara a uma baixa de 2,2% em fevereiro. Na comparação mensal, o CPI grego subiu 2,4%, de acordo com a Elstat.
Já a taxa de desemprego caiu levemente em janeiro para 25,7%, em comparação com 25,9% em dezembro, segundo dados ajustados da Elstat. Em igual mês do ano passado, a taxa era de 27,2%. Apesar do leve recuo no começo do ano, o número ainda está em patamares recordes diante da incerteza política que pesa na recuperação econômica.
(Da redação)