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Grécia assume presidência da União Europeia por seis meses

País espera usar a ocasião para recuperar parte da confiança perdida dos credores internacionais

Por Da Redação
8 jan 2014, 20h20

A Grécia assumiu nesta quarta-feira oficialmente, por um período de seis meses, a presidência da União Europeia, que tenta sair de uma grave crise econômica de quatro anos e realiza eleições europeias em maio.

Atenas considera o fato como uma ocasião propícia para tentar reconquistar o prestígio perdido durante a crise da dívida, no final de 2009, que desestabilizou a zona do euro. “É uma grande responsabilidade para a Grécia ocupar a presidência da União Europeia durante o semestre que realizará as eleições de maio”, declarou nesta quarta-feira à imprensa o ministro grego das Relações Exteriores, Evangelos Venizelos.

Atenas fixou um ambicioso plano para sua presidência europeia: crescimento, emprego, aplicação da união bancária, imigração e política marítima.

O governo grego receberá pela tarde em uma cerimônia oficial o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e os 28 comissários europeus.

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O governo adotou para a ocasião importantes medidas de segurança e proibiu as manifestações no centro da cidade, onde os automóveis não poderão circular durante toda a tarde. A Grécia quer voltar a ser um país como os outros, declarou recentemente o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras. “A Grécia voltará aos mercados e será novamente um país normal”, afirmou o primeiro-ministro grego em sua mensagem de fim de ano. Samaras prometeu também que 2014 marcaria o fim das ajudas da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O governo grego prevê um leve crescimento de 0,6% em 2014, após seis anos de recessão.

A União Europeia aproveitará a ocasião para lembrar que as projeções mais pessimistas não se cumpriram, em particular a saída da Grécia da zona do euro e que os sacrifícios do povo grego não foram em vão.

Horizonte sombrio – Embora pareça que o pior da crise ficou para trás, o horizonte continua sendo sombrio para a Grécia, sob tutela de seus credores, a troika (UE, BCE e FMI), que supervisiona a execução das reformas estruturais do país.

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O país deve registrar déficit orçamentário e continua tendo uma dívida extremamente elevada, de cerca de 175% do Produto Interno Bruto (PIB), o que dificulta seu retorno aos mercados da dívida a longo prazo.

O governo grego espera obter mais tempo para pagar suas dívidas e uma nova redução das taxas de juros, depois de os credores privados aceitarem em 2012 um perdão de 107 bilhões de euros.

Contudo, isso foi rejeitado na terça-feira pelo chefe do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE), Klaus Regling, em declarações ao jornal alemão Der Spiegel.

Já os credores prometeram oferecer uma nova ajuda se a Grécia conseguir um superávit orçamentário primário, o que parece ter sido ser o caso em 2013. Nesse caso, haverá negociações a partir de abril.

(Com Agência France-Presse)

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