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Grameen desafia governo de Bangladesh em favor de Yunus

Bengalês foi trabalhar normalmente nesta quinta-feira, após ser destituído

Por Da Redação
3 mar 2011, 13h48

O Grameen Bank, instituição de microcrédito de Bangladesh fundada pelo begalês Muhammad Yunus, ganhador do Nobel da Paz, decidiu desafiar o banco central do país. Em comunicado, a instituição financeira afirmou que Yunus continua à frente dos negócios. Nesta quarta-feira, o ganhador do Nobel havia sido destituído do posto de diretor-geral sob a acusação de ter assumido o posto sem o consentimento da autoridade bancária de Bangladesh. O bengalês foi visto, nesta quinta-feira, chegar a seu escritório como de costume, na cidade de Dhaka.

Em comunicado, o Grameen afirmou que tem seguido as leis corretamente, inclusive o processo de re-nomeação de Yunus, que ocorreu em 2001. “De acordo com os advogados do banco, o fundador continua lá”, disse um gerente da instituição ao jornal britânico Financial Times. O pioneiro do microcrédito, inclusive, já entrou com uma ação judicial para contestar a legalidade da decisão do banco central de Bangladesh de o retirar de suas funções, segundo afirmou o procurador-geral Mahbubey Alamn à agência AFP.

Estados Unidos – O conflito institucional no Grameen poderá também estremecer as relações políticas entre Estados Unidos e Bangladesh. Yunus é conhecido de longa data do ex-presidente americano Bill Clinton e da secretária de estado, Hillary Clinton. Após tomar conhecimento da demissão do Nobel, Hillary afirmou estar chocada com a notícia. “Esperamos que um compromisso mutuamente satisfatório possa ser acertado e garanta a autonomia e a eficiência do banco e do governo de Bangladesh”, afirmou. Hillary deverá se encontrar com Yunus no próximo dia 8, em Washington.

Desentendimentos – Defensores do bengalês não descartam a possibilidade de Yunus ser vítima de uma campanha política movida pela primeira-ministra Sheikh Hasina Wajed. Recentemente, Hasina declarou publicamente que os fornecedores de microcrédito estão “sugando o sangue dos pobres”.

Os desentendimentos entre as duas figuras começaram em 2007, quando Yunus, ainda eufórico com seu Nobel conquistado um ano antes, sugeriu que criaria seu próprio partido político para limpar seu país da corrupção na administração pública. O futuro do Grameen agora é incerto. O banco tem cerca de 955 milhões de dólares em empréstimos a 8,3 milhões de tomadores de crédito.

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