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Graça Foster participou de implementação de gasoduto suspeito de superfaturamento

Segundo o jornal O Globo, o Gasene foi construído por uma empresa de fachada da Petrobras

Por Da Redação
7 jan 2015, 09h33

A atual presidente da Petrobras, Graça Foster, estaria envolvida diretamente nas parcerias da Transportadora Gasene, administradora do gasoduto que liga o Sudeste ao Nordeste que, segundo auditoria sigilosa do Tribunal de Contas da União (TCU), teve um trecho superfaturado em 1.800%. Segundo o jornal O Globo, Graça, na época diretora de Gás e Energia, teria assinado propostas encaminhadas à diretoria executiva que sugeria contratos da Gasene com a chinesa Sinopec para a construção do maior trecho do gasoduto – Cacimbas (ES) a Catu (BA). Ela também teria sugerido, em documento datado de 14 de dezembro de 2007, o financiamento da obra junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com o banco chinês.

De acordo com a reportagem do jornal, o documento assinado por Graça é uma evidência de que a Petrobras, de fato, comandou diretamente as principais ações da Sociedade de Propósito Específico (SPE) criada para gerir o negócio. A estatal teria tomado a frente das negociações com a Sinopec por meio de uma comissão integrada de gerentes da companhia. Além disso, foram enviadas três cartas de atividade permitida à gestão da transportadora – que supostamente era independente e teria a liderança de Antônio Carlos Pinto de Azeredo – instruindo o executivo a fechar o contrato de 1,9 bilhão de reais com a Sinopec e de 750 milhões de reais em financiamento junto ao BNDES e ao banco chinês.

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O jornal já havia divulgado no último domingo que a Petrobras constituiu e usou empresas de fachada para construir e fazer operar uma rede de gasodutos no Nordeste, o Gasene. Essa informação teria sido constatada por técnicos da Agência Nacional de Petróleo (ANP) depois de ter sido apontada em documento incluído em auditoria do TCU.

Em nota de esclarecimento divulgada também no domingo, a Petrobras afirmou que a SPE foi criada com o objetivo de contratar os financiamentos, construir e operar o gasoduto. “Conforme acontece nas estruturas financeiras do gênero, a SPE (Transportadora Gasene S/A) não tem qualquer ligação societária com a Petrobras”, informa a estatal, embora o jornal diga que a fiscalização do TCU apontou o controle indireto sobre as atividades e a gestão da empresa.

A nota diz ainda que a Transportadora Gasene S/A, constituída pelo Santander, banco estruturador do project finance, tinha como acionistas a Gasene Participações com 99,99% e 0,01% de Antonio Carlos Pinto de Azeredo. A reportagem do jornal, contudo, afirma que Azeredo, que atuou como presidente da Transportadora Gasene entre 2005 e 2011, seria uma espécie de laranja da estatal no negócio.

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