Grã-Bretanha atesta presença de carne de cavalo em 29 produtos
Relatório divulgado pela agência de padrões alimentícios do Reino Unido, a FSA, testou 2.501 produtos, que representam apenas um quarto dos itens consumidos pela população
Um relatório divulgado nesta sexta-feira pela agência de padrões alimentícios do Reino Unido, a Food Standards Agency (FSA), atesta que 29 produtos – dos 2.501 testados – possuem fragmentos de carne de cavalo. O teste foi feito para verificar a presença de um porcentual superior a 1% desse tipo de carne em alimentos processados vendidos aos consumidores como sendo de carne bovina.
Entre os produtos reprovados pela FSA estão a lasanha e o espaguete à bolonhesa congelados da rede de supermercados Aldi; o hambúrguer da marca Co-op; a lasanha da marca Findus; as carnes processadas da marca Rangeland e os hambúrgueres e espaguetes congelados da marca Tesco, vendida na rede de supermercados com o mesmo nome.
Segundo a FSA, os testes abrangeram apenas 25% dos produtos derivados de carne consumidos na Grã-Bretanha. Há ainda 962 testes a serem feitos com os alimentos, disse a FSA em comunicado. O relatório mostrou que os produtos não foram afetados pela fenilbutazona, uma substância comumente usada em cavalos que é banida por ser insegura para o consumo humano. Ela pode causar, em casos raros, doenças no sangue.
Segundo o diretor da FSA no País de Gales, Steve Wearne, “é impossível saber a real abrangência da adulteração de embalagens dos alimentos”. De acordo com o jornal The Guardian, a FSA também está fazendo testes para detectar a presença de carne de porco em produtos vendidos como feitos de carne bovina, mas os resultados ainda não foram avaliados. “Vamos nos concentrar nos dados que acabamos de divulgar. Eles são prioridade neste momento”, disse ao Guardian a representante da FSA, Catherine Brown.
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