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Governo trocará energia barata por mais segurança no abastecimento em novo plano

Usinas térmicas movidas a gás será prioridade da em detrimento de outras fontes de energia, como hidrelétricas e eólicas

Por Da Redação
17 jun 2015, 11h44

O Plano Nacional de Energia que o governo pretende anunciar no dia 4 de agosto deve revelar uma forte mudança de postura do governo em relação à expansão do setor elétrico. A tônica que sempre norteou os leilões – comprar a energia mais barata possível – dará lugar aos projetos que oferecem mais segurança para o abastecimento energético do país.

Em termos práticos, segunda uma fonte que atua diretamente no planejamento, o governo vai concentrar esforços para contratar, no curto e médio prazos, usinas térmicas alimentadas a gás, em vez de outras fontes tradicionalmente mais baratas – como eólicas e até mesmo hidrelétricas. Isso não significa que as usinas movidas a vento e água deixarão de serem leiloadas. Trata-se, na realidade, de fortalecer a presença dos projetos térmicos em detrimento dos demais.

“Bocas de poço” – Para tentar reduzir o preço dessas usinas, a ideia é fazer leilões específicos para essa fonte, para evitar concorrência com outras térmicas. Serão ainda priorizados empreendimentos próximos aos gasodutos e de “bocas de poço” do gás, para reduzir os custos. A prioridade são empreendimentos previstos nos principais centros de consumo, localizados nas regiões Sudeste e Sul.

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O governo avalia que a busca por tarifas mais baixas incentivou as usinas eólicas, que geram energia de forma intermitente. A geração efetiva dos parques eólicos na região Sul é de 35%, e no Nordeste não supera os 50%. Isso se tornou um problema nos últimos três anos, quando a seca reduziu o nível dos reservatórios das hidrelétricas, que passaram a produzir menos energia do que o normal. O quadro se agravou com os atrasos no cronograma de obras das usinas de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte e na linha de transmissão de Teles Pires.

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O governo quer agregar térmicas maiores e mais modernas para substituir as térmicas mais antigas e caras, movidas a diesel e óleo combustível. A redução do custo de geração de energia seria, portanto, uma consequência da mudança na política de segurança energética, e não mais o objetivo principal. O parque de usinas termoelétricas acionadas atualmente soma pouco mais de 16.000 megawatts (Mw), dos quais apenas 10% têm um custo de geração acima de 600 reais por megawatt/hora (Mwh).

Redução de custo – O governo avalia que, se viabilizar a construção de térmicas a gás que somem 2.000 Mw, conseguirá reduzir o custo médio de geração de energia no curto e médio prazo. A ideia é sinalizar ao mercado que os reajustes das tarifas de energia em 2016 não serão como os deste ano, que, em alguns casos, atingem 50%. A tendência para o ano que vem será de manutenção dos preços.

De quebra, o governo conseguiria diminuir também o preço da energia no mercado de curto prazo (PLD), que penalizou as distribuidoras nos últimos dois anos, com a dependência de aportes do Tesouro Nacional e empréstimos bancários bilionários.

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(Com Estadão Conteúdo)

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