Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Governo recorre ao dinheiro dos depósitos judiciais para bater meta fiscal

Depósitos de contribuintes em disputas com o Fisco têm sido utilizados para engordar as contas públicas

Por Da Redação
6 out 2013, 15h51

O governo federal corre atrás de reforço de caixa para evitar a deterioração das contas públicas e o consequente rebaixamento da nota de risco do Brasil pelas agências de classificação de risco. Com esse problema iminente, o governo encontrou mais uma de suas soluções mágicas para “tapear” o saco furado das contas públicas: os depósitos judiciais.

Os depósitos feitos em juízo pelos contribuintes que travam disputas com o Fisco acumularam 8,5 bilhões de reais entre janeiro e agosto deste ano. O volume é 43% superior ao registrado em igual período do ano passado. Esse dinheiro, que vai diretamente para a Conta Única do Tesouro Nacional, representa 14% da meta fiscal do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência). Agora, esses recursos estão sendo usados para engordar a conta de pagamento dos juros da dívida – o superávit primário.

Leia também:

Arrecadação ruim pode fazer governo reduzir meta fiscal

Dilma fala em robustez fiscal – mas, na verdade, tortura números

Continua após a publicidade

Os depósitos judiciais são feitos pelos contribuintes após ordem judicial e servem para sustentar causas em discussão com o Fisco. Se o contribuinte ganhar a disputa, os recursos são devolvidos, corrigidos pela variação da Selic. Desde o fim de 1998, esse dinheiro vai para a conta do Tesouro – até então ele ficava na Caixa Econômica Federal e rendia como a caderneta de poupança.

O forte aumento da arrecadação por meio dos depósitos judiciais pode ser explicado pela maior disposição dos procuradores da Fazenda Nacional em questionar o contribuinte por impostos e tributos que não foram pagos. Os técnicos do governo, porém, avaliam que o salto na entrada de recursos oriundos dos depósitos judiciais é resultado do reaquecimento da economia no primeiro semestre.

Leia ainda:

Dividido, governo avalia até desistir de cortes no Orçamento

Dilma diz que pessimismo é mais intenso que a realidade

A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) afirmou que, quando vai ao Judiciário buscar recursos fiscais devidos pelo contribuinte, pode conseguir o dinheiro por meio de penhora online – e esse recurso entra nos cofres públicos como depósito judicial.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.