O governo japonês anunciou nesta quinta-feira que espera uma contração do PIB de 0,1% no ano fiscal que vai de abril de 2011 a março de 2012, devido aos efeitos do terremoto de 11 de março e da crise econômica mundial.
Para o ano seguinte (abril de 2012-março de 2013), espera que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2,2%.
Em suas previsões de agosto, o governo esperava um aumento do PIB de 0,5% neste ano, mas os fatores externos invalidaram este cenário.
A previsão do ano seguinte também é inferior à estimativa feita em agosto, que apontava para um crescimento de 2,9%.
A terceira potência econômica mundial sofreu um período de contração devido ao terremoto e tsunami de 11 de março, que devastaram o nordeste do arquipélago deixando um balanço catastrófico: 20 mil mortos e desaparecidos, fábricas destruídas, circuitos de abastecimento de empresas interrompidos e um acidente nuclear na central de Fukushima.
No terceiro trimestre (julho-setembro), a atividade econômica começou a se recuperar no país, mas a crise da dívida na Europa e as dificuldades dos Estados Unidos provocaram uma alta do iene, que se reforçou como valor refúgio em tempos de incerteza. O fenômeno pesa na competitividade das empresas exportadoras japonesas, chave para o crescimento do país.