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Governo gastou só 24% do previsto nas medidas econômicas contra a crise

Dos R$ 253 bi empenhados no combate ao coronavírus, apenas R$ 60 bi foram pagos; ampliação de parcelas para o auxílio emergencial não está certa

Por Alessandra Kianek Atualizado em 1 Maio 2020, 19h21 - Publicado em 1 Maio 2020, 19h14

O governo federal brasileiro gastou até agora apenas 24% do total previsto pelas medidas econômicas de combate à crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Segundo o Ministério da Economia, dos 253 bilhões de reais previstos, 59,9 bilhões de reais foram pagos, ou seja, liberados pelo governo. A equipe econômica, entretanto, desconhece o valor que de fato chegou até a mão dos beneficiários, porque essas transferências, segundo o ministério, dependem da distribuição feita pelo sistema financeiro, como BNDES e Caixa Econômica Federal – mas informou, porém, que prepara uma forma de consolidar esses números para disponibilizar à população.

A maior parte dos gastos previstos é destinada ao auxílio emergencial, com 123,9 bilhões de reais, seguida pelo benefício emergencial de manutenção de emprego e da renda, com 51,6 bilhões de reais. Do total já pago, o auxílio de 600 reais à população vulnerável representa 59%. O balanço também apontou que nada foi repassado em relação à medida de manutenção do emprego. A evolução desses valores pode ser acompanhada diariamente em nova página do site do Tesouro Nacional, que irá monitorar os gastos da União no combate à Covid-19. O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou que o objetivo é tornar os números transparentes. “Esse montante de recursos tem impacto direto sobre o contribuinte. É dinheiro dele que está sendo repassado. Portanto, é preciso haver esse zelo com a efetividade das ações”, afirmou, em uma conferência virtual com jornalistas, nesta sexta-feira, 1º.

O secretário usou a palavra “zelo” novamente ao falar sobre a possibilidade de elevar o número de parcelas do pagamento do auxílio emergencial de 600 reais pago aos informais. “Não está desenhado ainda se terá nova parcela. É o contribuinte quem arca com esse recurso, por isso estamos fazendo com muita cautela e zelo”, reafirmou Waldery. O programa, aprovado pelo Congresso, prevê o repasse de três parcelas de 600 reais à população vulnerável, e tem recebido pressão para que seja aumentado, devido ao agravamento da crise e da ampliação das medidas de isolamento social.

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Além disso, o governo vem recebendo críticas também de que as medidas adotadas pelo Brasil no combate à crise causada pelo coronavírus são inferiores quando comparadas a de outros países. E, para tentar esfriar os ataques, o Ministério da Economia informou que as medidas fiscais, ou sejam, os gastos do país, representam 4,8% do PIB, número maior que o da média dos países avançados (4,3%) e maior que de emergentes como o Chile (4,7%). O Brasil perde, porém, de Japão (21,1%), França (5%), Alemanha (4,9%), entre outros.

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