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Governo e bancos já preveem contração de 2% do PIB em 2015

Com a deterioração do quadro econômico e a fraca arrecadação, analistas apostam que a retomada do crescimento será mais lenta do que o previsto anteriormente

Por Da Redação
16 jul 2015, 09h39

A recuperação da economia brasileira deverá ser mais lenta do que o previsto. As projeções de bancos e consultorias para o crescimento do Brasil no ano que vem pioraram nas últimas semanas e o próprio governo já reconhece que a recessão pode ser mais profunda que a esperada, com recuo do PIB de até 2% em 2015.

Essas expectativas mais negativas contrariam a aposta inicial da equipe econômica da presidente Dilma Rousseff. Com o ajuste na política fiscal e monetária em andamento, o governo esperava uma recuperação do crescimento no fim deste ano ou no início de 2016.

Nos últimos dias, as instituições bancárias deram o tom de mais uma rodada da piora das expectativas para este e o próximo ano.

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Para o Bradesco, a economia brasileira deverá recuar 1,8% este ano e, em 2016, o PIB deverá ficar estagnado. Segundo Octavio de Barros, economista-chefe do Bradesco, 2016 será afetado pelos números muito negativos de 2015.

A projeção do Santander também deve ficar mais pessimista. Nas contas do banco, o PIB deve ter contração de 1,5% este ano e a expansão prevista de 0,5% para 2016 deve ser alterada para perto de zero.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o governo também já trabalha com a previsão de recuo do PIB em 2015 de até 2% – a projeção oficial é de – 1,2%.

O entrave para a retomada do crescimento da economia brasileira ocorre porque a maioria dos setores não tem apresentado sinais de recuperação. Neste ano, a crise também chegou ao mercado de trabalho, o que deve dificultar ainda mais a saída da recessão. “O consumo das famílias, o consumo do governo e o investimento das empresas não devem estar funcionando plenamente em 2016. Então, é difícil acreditar que a economia brasileira possa mostrar uma variação positiva da taxa de crescimento”, disse Cristiano Oliveira, economista-chefe do Banco Fibra.

O cenário econômico difícil se soma à turbulência política. A gestão Dilma Rousseff tem tido dificuldade para negociar as medidas de ajuste com o Congresso e ainda lida com os efeitos da Operação Lava Jato. O governo também vai ter de explicar as “pedaladas fiscais” no Tribunal de Contas da União (TCU). “Nós tivemos um período político completamente atípico, com a presidente em crise profunda com sua base, atrasando o ajuste econômico, que deveria ter sido rápido. Com isso, o que era para ter sido feito na política monetária rapidamente, no começo do ano, como choque de credibilidade, atrasou”, afirmou Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.

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Além disso, o governo tem agora duas preocupações: a impossibilidade de cumprir a meta do superávit primário, de 1,1% do PIB, ou 66,3 bilhões de reais, se a arrecadação continuar caindo; e a possibilidade de perder o grau de investimento conferido pelas agências de classificação de risco.

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(Com Estadão Conteúdo)

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