Governo convoca reunião para tranquilizar empresários do setor elétrico
Autoridades apresentaram diversos cenários hidrológicos aos empresários, e a necessidade de um racionamento ficou entre 2% e 3%, abaixo do nível de segurança de 5%

O governo convocou cerca de 20 associações do setor elétrico para reiterar que o risco de racionamento de energia no país é baixo. Em reunião realizada na noite desta terça-feira na sede do Ministério de Minas e Energia, autoridades apresentaram diversos cenários hidrológicos aos empresários, e a necessidade de um racionamento ficou entre 2% e 3%, abaixo do nível de segurança de 5%.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa, os cenários apresentados pelo governo tranquilizaram o setor. “As apresentações mostraram confiança em relação aos recursos que o sistema tem para atravessar o momento atual. Com as hipóteses consideradas, os recursos são suficientes para dar tranquilidade até o fim do ano”, afirmou.
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“O setor elétrico convive com uma perspectiva de risco. O que nos mostraram hoje é que essa perspectiva de risco do setor, na análise do governo, não ultrapassou os níveis razoáveis com que o setor convive. Não estamos atravessando uma situação de crise ou emergencial”, acrescentou.
De acordo com Pedrosa, mesmo nos poucos cenários em que o racionamento seria necessário, o corte de carga necessário seria da ordem de 5%, o que, segundo ele, poderia ser absorvido sem impacto para o crescimento econômico. “Não se falou em corte de carga na reunião de hoje, isso é uma perspectiva muito distante da realidade atual. Mas, teoricamente, o sistema olha um nível de corte da ordem de 5%, que é algo que, num caso extremo que venha a acontecer, há mecanismos para lidar.”
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A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo, disse que o governo pretende aguardar o fim do período chuvoso, em abril, para fazer uma avaliação mais completa do cenário hidrológico. “O governo disse que está atento porque estamos em um período hidrológico ruim, mas o fato de termos usinas térmicas nos permite ficar numa situação de avaliação, e não de tomada de decisão, que virá no fim de abril”, explicou a executiva.
(Com Estadão Conteúdo)
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