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Governo central tem déficit primário de R$7,547 bilhões em julho

No mesmo mês do ano passado, o déficit havia sido de R$ 20,155 bilhões

Por Reuters Atualizado em 30 ago 2018, 20h12 - Publicado em 30 ago 2018, 16h11

O governo central, formado por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, teve déficit primário de 7,547 bilhões de reais em julho, bem melhor que o esperado, em meio à forte elevação de receitas no mês, que teve ajuda dos royalties do petróleo. No mesmo mês do ano passado, o déficit havia sido de 20,155 bilhões de reais, informou o Tesouro nesta quinta-feira, 30.

No geral, a receita líquida subiu 14,3% em julho sobre um ano antes, já descontada a inflação, a 106,401 bilhões de reais. Esse avanço foi impulsionado por maiores royalties de petróleo no período, movimento embalado pela alta no preço da commodity.

“O grande fator por trás desse resultado inesperado de julho, um resultado tão melhor que o mesmo mês do ano passado, foi o crescimento da receita”, disse o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida.

A arrecadação da Receita Federal também cresceu 10,6% sobre julho de 2017, a 76,342 bilhões de reais.

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Por sua vez, as despesas totais tiveram uma queda real de 0,2% na mesma base de comparação, a 113,948 bilhões de reais, principalmente pela queda de 39,6% (ou 3,052 bilhões de reais) em subsídios, subvenções e Proagro.

Nos sete meses de 2018, o déficit do governo central somou 38,875 bilhões de reais, caindo pela metade ante os 76,633 bilhões de reais no mesmo período do ano passado.

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“Neste ano, de janeiro a julho, praticamente todos os meses a arrecadação veio acima do que era projetado, que é surpresa bastante positiva dado que você teve ao longo dos sete meses do ano uma frustração do crescimento da economia”, disse Mansueto.

Em 12 meses, o saldo negativo foi a 88,5 bilhões de reais, ante meta de déficit primário de 159 bilhões de reais para este ano.

Mesmo com a folga, o Tesouro ressaltou em apresentação que o restante do ano será marcado por fortes gastos, com contínua pressão de benefícios previdenciários e despesas de pessoal, impacto do subsídio para o diesel, acréscimo nas transferências, despesas com campanha eleitoral, além de reprogramação dos recursos não executados até agora.

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Por isso, o cálculo é que haverá um rombo primário de 120,1 bilhões de reais de agosto a dezembro, numa piora expressiva ante o déficit de 47,6 bilhões de reais em igual etapa de 2017.

Ainda assim, o dado seguirá dentro da meta, que representará o quinto resultado seguido no vermelho do Brasil.

Na último levantamento Prisma Fiscal, feito pelo Ministério da Fazenda, economistas projetaram um rombo de 148,172 bilhões de reais para 2018.

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Para o ano que vem, a meta é de um déficit de 139 bilhões de reais para o governo central.

A equipe econômica deve apresentar até esta sexta-feira o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) detalhando as receitas e despesas que vão compor esse resultado, tarefa que será dificultada pela decisão do presidente Michel Temer de não mais propor o adiamento do reajuste salarial de servidores, acatando, em outra frente, a elevação dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), valor que serve de teto para o funcionalismo.

Regra de ouro 

Em relação à regra de ouro, o Tesouro seguiu projetando uma insuficiência de 98,4 bilhões de reais para seu cumprimento em 2018.

Reiterou, no entanto, que a regra será cumprida com os 70 bilhões de reais restantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de 13,9 bilhões de reais com realocação orçamentária de recursos já disponíveis de concessões e permissões, além de 19,5 bilhões de reais com outras medidas.

A regra de ouro impede que o governo emita dívida para pagar despesas correntes, como salários e aposentadorias.

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