Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Governo brasileiro prepara ofensiva contra importados

Iniciativa prevê fortalecer o controle sobre fraude em portos e aeroportos, contratação de novos investigadores para fiscalizar dumping e a adoção de novas leis

Por Da Redação
8 set 2011, 09h22

O governo brasileiro fará uma verdadeira ofensiva para frear a entrada de produtos importados no mercado nacional que estejam prejudicando as empresas brasileiras.

A iniciativa prevê fortalecer o controle sobre a fraude nos portos e aeroportos, contratação de novos investigadores para fiscalizar dumping e a adoção de novas leis exigindo testes a produtos estrangeiros. Governos estrangeiros têm alertado para a “tentação protecionista” do Brasil. Mas o governo garante que está fazendo tudo “dentro da lei”.

Em 2010, o Brasil liderou a expansão de importações no mundo. Com uma economia em crescimento, e diante de uma ameaça de recessão nos países ricos, o mercado brasileiro e de outros emergentes se tornou prioridade para a ação de empresas de todo o mundo. O real valorizado vem ajudando a incrementar a competitividade dos produtos estrangeiros no Brasil.

Há dois dias, a presidente Dilma Rousseff deixou claro que o governo não aturaria a concorrência desleal. Ontem, foi a vez do secretário executivo do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, Alessandro Teixeira, explicar como está ocorrendo essa ofensiva, durante sua passagem por Genebra para reuniões na ONU.

Contratação – Uma das medidas é a contratação de 120 novos investigadores no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para permitir um maior trabalho sobre casos de dumping. Segundo Teixeira, uma suspeita de dumping no País leva em média 15 meses para ser apurado por falta de funcionários. “Nosso objetivo é baixar esse tempo para dez meses”.

Continua após a publicidade

Na prática, a medida vai ajudar o setor nacional que esteja sendo alvo da prática ilegal de estrangeiros a se proteger de forma mais rápida da concorrência. Dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), porém, indicam que o Brasil é o país que lidera na aplicação de medidas de dumping desde o final de 2010. Teixeira insiste que não se trata de protecionismo. “Isso é defesa comercial.”

Um segundo pilar da ofensiva ocorrerá nos portos e aeroportos. Desde agosto, o MDIC vem colaborando com a Receita Federal em um trabalho de “inteligência comercial”. A meta é a de fechar o certo contra fraudadores que estão trazendo produtos importados para dentro do País com notas falsas, valores menores para não pagar impostos e mesmo contrabando.

Teixeira preferiu não falar quais são os setores que serão mais fiscalizados. No entanto, fontes informaram que a fiscalização inclui calçados, têxteis, ótica, brinquedos e pneus estão entre os maiores suspeitos. Há duas semanas, a Receita iniciou a Operação Panos Quentes 3, com a meta de identificar a fraude nas importações têxteis.

(Com Agência Estado)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.