GM vai contratar – isso mesmo – 200 pessoas em São José dos Campos
Notícias de contratações têm sido cada vez mais raras no setor automotivo, que que demitiu 1,4 mil trabalhadores de janeiro a abril
A General Motors vai contratar 200 trabalhadores para a fábrica de São José dos Campos (SP), a princípio por um período de sete meses. Eles vão trabalhar no segundo turno da linha de produção da picape S10 a partir de junho. Notícias de contratações têm sido cada vez mais raras no setor automotivo, que passa por uma profunda crise de vendas. Só nos quatro primeiros meses do ano, o setor demitiu 1,4 mil funcionários.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, o objetivo da contratação é ter uma produção extra de 1.000 unidades mensais da S10, já em sua nova versão, para serem exportadas, principalmente para a Argentina e o México.
Normalmente, a produção do modelo gira em torno de 4.200 a 4.600 unidades por mês, mas houve uma desaceleração na linha antiga para a chegada da versão 2017, lançada no mês passado. A GM não quis comentar o assunto.
Segundo o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, será dada prioridade nas contratações aos funcionários demitidos nos últimos anos. Desde 2013, a GM fechou 1,8 mil vagas na fábrica, que também produz o utilitário Trailblazer, motores e transmissões. Atualmente, 4,3 mil pessoas trabalham no local.
Recentemente, a montadora transferiu a unidade de CKDs (veículos desmontados) para Mogi das Cruzes (SP), onde fabrica apenas componentes. Barros disse que no ano passado foram produzidas cerca de 40 mil unidades da S10 e a previsão para este ano é de 50 mil.
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Acordo entre a GM e o sindicato também fixou o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) deste ano entre 11.200 reais e 16.900 reais, dependendo da meta de produção que for atingida (entre 35.000 e 44.000 veículos). Nos próximos dias, a montadora pagará 8.600 reais a cada funcionário como antecipação da PLR.
Cortes – A Mercedes-Benz vai abrir um Programa de Demissão Voluntária (PDV) no dia 1º de junho para tentar reduzir o excesso de cerca de 2.000 trabalhadores que afirma ter na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Serão oferecidos salários extras para quem aderir até o dia 8 de julho, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Também estão previstas para junho férias coletivas nas três fábricas de automóveis da Volkswagen no país – em São Bernardo, Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR). As paradas vão variar de 20 a 30 dias, dependendo do setor.
De janeiro a abril, a produção do setor automobilístico caiu 25,8% em relação ao mesmo período de 2015, para 658.700 unidades. As vendas tiveram retração de 27,9%, para 644.200 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
(Da redação)