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Gasolina mantém vantagem sobre etanol, mesmo com reajuste

Em 20 Estados e no Distrito Federal, é possível que o motorista opte ainda pela gasolina, segundo levantamento

Por Da Redação
2 dez 2013, 08h09

O reajuste de 4% no preço da gasolina nas refinarias, anunciado na última sexta-feira pela Petrobras, é insuficiente para tornar o etanol competitivo na maioria dos Estados brasileiros. Se o preço do combustível subir na mesma proporção na bomba, ainda assim será mais vantajoso para o motorista abastecer com gasolina do que com etanol em vinte Estados e no Distrito Federal, aponta levantamento feito com base em dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Hoje abastecer com etanol é vantajoso apenas em quatro Estados – São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Paraná-, segundo dados da ANP que levam em consideração os preços médios de etanol e gasolina nos postos de combustíveis na última semana.

A conta considera que abastecer com etanol só vale a pena quando o valor do combustível custar menos do que 70% do preço cobrado pela gasolina, já que o carro gasta mais litros de etanol para percorrer a mesma distância do que o volume utilizado de gasolina.

Considerando uma média simples dos preços cobrados pelos dois combustíveis em todos os Estados na semana passada, o preço da gasolina para tornar o etanol competitivo no país teria de subir 13,12% na bomba.

Leia mais:

Gasolina terá um aumento médio de 2% para o motorista

O Estado onde o etanol está em maior desvantagem em relação à gasolina é Roraima. O custo médio por litro é de 2,74 reais, ante 3,00 reais o litro da gasolina. Só valerá a pena abastecer com etanol no Estado se a gasolina subir 30%. Já no Piauí o reajuste necessário na gasolina para motivar o consumidor a abastecer com etanol seria de 27,76% e, no Amapá e em Sergipe, de 25% e 24%, respectivamente.

Os Estados onde há a maior possibilidade de o reajuste da gasolina fazer o dono de um carro flex trocar o combustível pelo etanol são Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Nestes lugares, basta um aumento de aproximadamente 1,3% no preço da gasolina para o etanol ser mais competitivo.

Vídeo: Saiba por que o preço dos combustíveis terá de subir

Subsídio – Os usineiros atribuíram a perda da competitividade do etanol ao subsídio da gasolina pela Petrobras, que vende no Brasil o combustível abaixo dos preços internacionais. A diferença entre o valor pago para importar gasolina e o valor recebido para vender o combustível no Brasil sai do caixa da própria empresa e levou a uma corrosão de seu resultado financeiro. A prática faz parte de uma tentativa do governo de segurar a inflação.

Como a maioria da frota brasileira é flex, o subsídio à gasolina tem impacto direto na demanda por etanol. O setor está há anos sem investir em novas usinas e cerca de 10% das 400 unidades existentes estão paradas, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Para a entidade, o reajuste de 4% na gasolina, anunciado na sexta-feira, “poderia significar uma leve e pontual melhora na competitividade do etanol”.

A entidade, no entanto, ressaltou, em comunicado, que o reajuste de 8% no diesel, também anunciado na última semana, “elimina qualquer benefício em potencial para o etanol que o aumento da gasolina pudesse produzir”.

O diesel é um dos insumos mais importantes para a produção de etanol, já que a colheita e a atividade nas usinas são processos mecanizados e abastecidos com diesel.

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(com Estadão Conteúdo)

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