G20 mantém medidas de contenção de fluxo de capitais
Grupo ratifica decisão de encontro realizado em novembro, em Seul, de aprovação das políticas para conter entrada de capitais
O G20 – o grupo dos 19 países mais ricos do mundo, mais a União Europeia – manteve a aprovação para as medidas de contenção de fluxo de capitais pelos países que vêm sofrendo com a valorização de suas moedas. A avaliação já havia sido definida na reunião de cúpula realizada em novembro, em Seul, mas chegou a ser questionada durante as negociações do encontro ministerial realizado durante este final de semana, em Paris.
Chegou-se a falar sobre a introdução de regras e limites para as iniciativas de controle adotadas pelas nações emergentes. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, posicionou-se contra as iniciativas e defendeu que cada nação deveria decidir o que fazer, até porque o Brasil não abriria mão de definir sua política.
No final, o comunicado do G20 trouxe a indicação de que os países trabalham para fortalecer o sistema monetário internacional, incluindo “medidas para lidar com os fluxos de capital potencialmente desestabilizadores”, como medidas macroprudenciais.
O grupo também seguirá com a reforma o setor financeiro. A avaliação é que, apesar do progresso, ainda há trabalho a ser feito.
Bancos centrais – O presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, disse neste sábado que o acordo firmado entre os membros do G20 para tentar resolver os desequilíbrios globais não afeta a independência dos bancos centrais.
Ao final da reunião de ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20, em Paris, Trichet rejeitou a ideia de que pressões do grupo poderiam fazer com que algum membro do grupo alterasse sua política monetária.
(com Agência Estado)