Fusões e aquisições caem 6% no Brasil em 2011
Segundo relatório da PwC, transações movimentaram mais de 50 bilhões de dólares
O Brasil registrou 746 anúncios de fusões e aquisições em 2011, 6% a menos que no ano anterior, quando aconteceram 797 negócios, conforme relatório da PricewaterhouseCoopers (PwC). Apesar da redução, o segmento de M&A (sigla em inglês para fusões e aquisições) continua “aquecido” o que, segundo a consultoria, confirma uma menor sensibilidade às turbulências e incertezas do cenário externo.
Depois do esfriamento nas negociações durante o terceiro trimestre de 2011, o mês de dezembro foi destaque com 75 transações anunciadas. No entanto, o volume é menor que o registrado no mesmo mês dos anos de 2010 e 2009, com 95 e 78 transações, respectivamente. Já na comparação com o resultado de 2007, ano considerado referência nacional e internacional de atividades econômicas, o balanço de 2011 apresentou elevação de 3% nos negócios anunciados.
As transações com valores públicos (273 negócios ou 73% do universo total) somaram 49,9 bilhões de dólares, o que corresponde a uma média de 183 milhões de dólares por negócio. Entre os maiores acordos anunciados estão a compra de fatia da Usiminas pela Ternium, de 2,7 bilhões de dólares, e a aquisição da Schincariol pela Kirin, de 2,5 bilhões.
Liderança dos brasileiros – Os investidores nacionais participaram da maioria das negociações (63%) em 2011, respondendo por 400 aquisições de participação (controladora ou não), levemente inferior aos 403 negócios de 2010. Em seguida, vieram os investidores estrangeiros, que estiveram presentes 237 transações, resultado menor que as 267 do ano anterior.
“Após período de constante interesse por parte do investidor estrangeiro no país, nota-se uma leve redução da atividade deste investidor em relação ao ano anterior”, destaca a PwC. A desaceleração se intensificou nos últimos meses devido à instabilidade do mercado e à crise internacional, na avaliação da consultoria.
Os fundos de private equity marcaram presença em 42% dos negócios de fusões e aquisições no Brasil em 2011. Segundo a PwC, a participação desses investidores saltou de 11% para 42% nos últimos cinco anos, chegando a atingir 44% em alguns períodos do ano passado.
Setores – O segmento de tecnologia da informação liderou os negócios anunciados, com 11% do volume, com 79 transações em 2011 contra 71 no ano imediatamente anterior. Alimentos ocuparam a segunda colocação no ranking de fusões e aquisições, com 66 negócios, e em seguida vieram química e bancos, com 64 e 61 operações, respectivamente.
(Com Agência Estado)