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Fusão de Azul e Trip cria nova força no setor aéreo

Por Da Redação
28 Maio 2012, 18h19

Por Carolina Marcondes

SÃO PAULO, 28 Mai (Reuters) – A união das companhias aéreas Azul e Trip, anunciada nesta segunda-feira, dará origem a um grupo com receita de 4,2 bilhões de reais neste ano e com cerca de 15 por cento do mercado doméstico de aviação.

“Está nascendo a terceira força da aviação brasileira”, afirmou o presidente do Conselho de Administração da Trip, Renan Chieppe, que fará parte do Conselho da holding Azul Trip S.A., a ser presidido por David Neeleman, fundador da Azul.

O acordo entre as duas empresas não envolve desembolso de dinheiro. Os atuais sócios da Azul terão 66 por cento da holding e o restante ficará com os acionistas da Trip.

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Segundo Chieppe, a Skywest -que tinha 26 por cento da Trip- saiu da companhia há cerca de uma semana, após a Trip Participações readquirir a fatia por um valor não divulgado.

A formação de uma terceira grande empresa aérea no Brasil para ganhar força frente às líderes TAM e Gol é vista com bons olhos por especialistas. Além disso, uma empresa maior tem mais condições de reduzir custos, o que atualmente é o principal entrave para todo o setor.

“Aumentamos o número de grandes ‘players’. Um terceiro seria importante, porque apesar de as empresas já existirem, as participações são muito fracionadas”, afirmou o professor Paulo Resende, especialista em transportes da Fundação Dom Cabral.

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“Azul e Trip juntas terão poder de escala, volume e podem trazer uma concorrência interessante em questão de tarifas e malhas aéreas”, acrescentou Resende.

As sinergias com a fusão de Azul e Trip não foram divulgadas pelos seus principais executivos, que descartaram demissões de tripulantes e funcionários de solo.

SOBREPOSIÇÃO

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A Azul terminou abril com uma participação no tráfego aéreo no Brasil de 9,94 por cento, enquanto a Trip teve fatia de 4,29 por cento, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Combinadas, as duas empresas ficaram com 14,2 por cento dos passageiros transportados no país no mês passado.

A liderança segue sendo disputada entre TAM e grupo Gol (incluindo WebJet), com market share perto de 40 por cento cada.

Atualmente, 15 por cento das rotas de Azul e Trip são sobrepostas, mas Neeleman garantiu que a empresa tem como objetivo criar novas frequências, e não reduzir.

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A holding Azul Trip S.A. nasce com 8,7 mil funcionários, 96 destinos e 112 aviões -sendo 62 da Embraer e 50 turboélices da ATR. São 837 voos diários e 316 diferentes rotas.

Até 2015, a Azul Trip S.A. não deverá adquirir aviões que não sejam Embraer e ATR. “Mas temos tempo para pensar sobre isso”, disse Neeleman, sobre a possibilidade de parceria com outros fabricantes de aeronaves.

Azul e Trip continuarão a operar de forma independente até que o negócio seja aprovado por órgãos competentes como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A expectativa das companhias é de rápida aprovação da operação.

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PARCERIA COM TAM

O presidente da Trip, José Mario Caprioli, afirmou que a nova holding “honrará todos os seus contratos”, o que inclui o acordo de compartilhamento de voos com a TAM. “O acordo (com a TAM) continua em vigor”, afirmou.

Em março do ano passado, Trip e TAM iniciaram conversas que poderiam resultar na compra de uma fatia de 31 por cento na primeira pela segunda. Segundo Caprioli, tal operação societária com a TAM “a partir daqui não deve prosseguir”, diante da união de Trip e Azul.

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