Por Altamiro Silva Júnior
São Paulo – A fusão com a corretora e gestora chilena Celfin Capital vai permitir a consolidação dasoperações do BTG Pactual na América Latina, disse o CEO do banco, Andre Esteves. Segundo ele, a fusão cria uma potência regional, capaz de competir com bancos globais no mercado de capitais da região. O BTG Pactual está pagando US$ 245 milhões em dinheiro e mais 2,4% em ações do BTG para os acionistas da corretora chilena.
Para Esteves, o diferencial nessa competição é que, por ter presença consolidada na região, instituições como o BTG e a Celfin conseguem atender melhor o cliente, por já conhecê-lo. “O sistema financeiro mundial passa por mudanças”, disse. São executivos com a cultura da América Latina e que conhecem o mercado da região, destaca o executivo.
O banco brasileiro passa a ter presença no Chile, Peru e Colômbia, principais mercados que a Celfin opera. “Estamos assinando hoje, mas ainda requer aprovação dos reguladores”, disse Esteves hoje em entrevista à imprensa.
O BTG Pactual e a Celfin Capital anunciaram hoje a conclusão da fusão, que foi iniciada em agosto de 2011. Com o negócio, o BTG passa a ter ativos de R$ 129 bilhões na área de gestão de recursos e de R$ 49 bilhões em gestão de fortunas. A Celfin tem perto de R$ 8,6 bilhões sob gestão.
“Há uma integração crescente entre as economias da América Latina”, destaca o sócio do BTG, Pérsio Arida. O economista destaca que o mercado de capitais vem se desenvolvendo em países como a Colômbia, seguindo o que já aconteceu no Brasil. Para ele, Colômbia, Peru e Chile são os países mais atraentes. A marca Celfin continua existindo, segundo Esteves. No médio prazo, o nome pode ser mudado.