FT: eleitores parecem não se importar com a queda da economia brasileira
Segundo jornal britânico, investidores acreditam que vitória da oposição traria mudanças positivas para o país; mas o eleitorado parece não enxergar os problemas econômicos
Artigo publicado no blog Beyonbrics, do jornal britânico Financial Times, aponta a piora dos indicadores econômicos do Brasil, que se traduz na redução da perspectiva de crescimento para 2014 de 0,86% para 0,81%, mas anota que “os eleitores parecem não se incomodar”.
O FT cita dados da pesquisa Ibope da última semana, que deu 38% das intenções de voto para a presidente Dilma Rousseff (PT), 23% para Aécio Neves (PSDB) e 9% para Eduardo Campos (PSB), praticamente os mesmos números da rodada anterior, de julho, em que a petista aparecia com os mesmos 38%, o tucano marcava 22%, e o socialista, 8%. A aprovação do governo da presidente oscilou de 31% no levantamento anterior para 32%.
“Nos últimos meses, os preços dos ativos no Brasil mantiveram tendência de alta numa correlação inversa com a subida ou queda de Dilma nas pesquisas. Mas esse tipo de raciocínio não parece estar no radar do eleitorado”, aponta o texto. O FT cita ainda a intervenção do governo no caso Santander, que demitiu analistas por causa de um relatório que previa um cenário ruim para a economia brasileira com a reeleição de Dilma. “A opinião do mercado irritou o governo”, informa o texto.
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O FT também comparou as projeções da pesquisa Focus do Banco Central à “dança da cordinha”, uma vez que a previsão para o crescimento da economia brasileira cai um pouco mais a cada rodada.
(Com Estadão Conteúdo)