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Francês Hollande quer encarecer demissões desnecessárias

Por Da Redação
10 Maio 2012, 15h21

PARIS, 10 Mai (Reuters) – O presidente francês eleito, François Hollande, quer tornar financeiramente doloroso para as empresas lucrativas demitir trabalhadores e lutará uma “queda de braço” com grandes empregadores como a General Motors para forçá-los a adotar uma abordagem mais “moral”, disse um conselheiro sênior nesta quinta-feira.

Hollande, que toma posse em 15 de maio, disse antes de sua vitória eleitoral no domingo que vai buscar impor sanções financeiras em empresas lucrativas que anunciam demissões apenas com intuito de melhorar o preço das ações.

Com demissões em massa previstas em empresas como a varejista Carrefour e as montadoras General Motors e PSA Peugeot-Citroen, o conselheiro de Hollande, Michel Sapin, disse que o presidente eleito procuraria colocar em prática a sua promessa rapidamente.

Sapin, que é apontado como um possível primeiro-ministro ou ministro das Finanças, disse à rádio France Inter que, sem chegar a impor uma proibição, o objetivo seria tornar “extremamente caro” para as empresas dispensar os trabalhadores para aumentar o preço de sua ação.

A GM disse na quarta-feira que iria considerar fechar uma fábrica em Estrasburgo, no leste da França, enquanto que o Carrefour deve anunciar 3.000 demissões esta semana e a PSA Peugeot Citroen deve fechar um grande local de produção no norte de Paris deste ano.

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Os desligamentos temidos agravariam os problemas econômicos que Hollande enfrentará. Ele se comprometeu a moderar a austeridade na Europa, criar 150.000 empregos auxiliados pelo Estado e tentar reverter uma tendência de aumento do desemprego, atualmente perto de 10 por cento, durante o seu mandato de 5 anos.

O socialista assume o lugar de Nicolas Sarkozy em um momento de ressurgimento dos temores de saída da Grécia da zona euro, crescimento vacilante e, nesta quinta-feira, dados mostrando que a produção industrial caiu mais acentuadamente do que o esperado em março.

Até agora, o presidente eleito não atendeu aos pedidos para amenizar as restritivas leis trabalhistas da França –uma das razões citadas pela agência de classificação de risco Standard & Poors na sua decisão de cortar o rating de crédito AAA da França em janeiro.

(Reportagem de Nicholas Vinocur)

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