Entre as medidas, destaca-se a imposição de uma taxa de 3% sobre as receitas procedentes do trabalho e do capital superiores aos 500 mil euros anuais, que acabará quando o déficit do PIB se situar em 3%
A França economizará 1 bilhão de euros em 2011 e 11 bilhões em 2012, anunciou nesta quarta-feira o primeiro-ministro François Fillon, na apresentação do plano de austeridade do governo para este e para o próximo ano. A economia permitirá reduzir o déficit público do país no próximo ano de 4,6% para 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
“O limite de tolerância do endividamento foi superado”, disse Fillon.
Entre as medidas, destaca-se a imposição de uma taxa de 3% sobre as receitas procedentes do trabalho e do capital superiores aos 500 mil euros anuais, que acabará quando o déficit do PIB se situar em 3%. Esta taxa arrecadará 200 milhões de euros em 2012. Além disso, haverá aumento os impostos sobre o preço do tabaco (+6%), de forma imediata, e do álcool e das bebidas açucaradas, a partir do próximo ano. O IVA nas entradas dos parques temáticos franceses também sofrerá um aumento, passando de 5,5% para 19,5%, medida com a qual espera arrecadar 90 milhões de euros em um ano.
A França também irá propor a harmonização da contabilidade com as regras em vigor na Alemanha, com o objetivo de aproximar os impostos sobre as empresas nos dois países.
Fillon assegurou que estas medidas darão à França uma “margem que lhe permitirá garantir” seus compromissos em caso de novo contratempo no crescimento. O crescimento econômico foi revisado em baixa, a 1,75%, tanto para 2011 como para 2012, contra os 2% e 2,25% previstos anteriormente.
O plano de austeridade tem a finalidade de criar uma barreira para evitar o contágio da crise da dívida, que afeta outros países da zona do euro.
(Com agência France-Presse)