Por Gabriel Bueno
Paris – A França fará tudo a seu alcance para manter a melhor nota (rating) possível na classificação de risco, afirmou hoje o ministro das Finanças do país, François Baroin. A declaração é dada um dia após a agência de classificação Moody’s advertir que o rating do país estava sob pressão, por conta de métricas mais fracas de endividamento e do potencial surgimento de novas obrigações. “Nós atuaremos para preservar nosso rating AAA. Faremos tudo em nosso poder para não sermos rebaixados”, afirmou Baroin à emissora de televisão France 2.
A França é o segundo maior contribuinte, após a Alemanha, para a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês). Como segunda maior economia do bloco, o país é um dos pilares da ajuda a membros da zona do euro em dificuldade.
Caso a economia da França se enfraquecesse, isso poderia ameaçar a capacidade desta nação de se comprometer com as atuais linhas de ajuda e com outras, no momento em que França e Alemanha trabalham para finalizar um plano abrangente para resolver a crise da dívida soberana da zona do euro.
Em outubro, o Parlamento francês concordou em elevar suas garantias soberanas para a EFSF a 159 bilhões de euros, o equivalente a quase 8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, a fim de que o EFSF eleve seu poder de gastos para 440 bilhões de euros. Os governos da zona do euro estudam uma forma de elevar o impacto dos 440 bilhões de euros à disposição, mas descartam que os governos contribuam mais com fundos ou garantias para a iniciativa.
A Moody’s informou que acompanhará e avaliará, durante os próximos três meses, a perspectiva em termos de progresso do governo na implementação das reformas fiscais e econômicas necessárias, levando em conta qualquer potencial desdobramento adverso na economia ou nos mercados financeiros. De acordo com a agência, as métricas de endividamento do governo francês estão entre as piores entre as nações com o mesmo rating soberano. As informações são da Dow Jones.