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FMI reduz para 1,4% previsão de crescimento do PIB do Brasil em 2018

Para o fundo, greve dos caminhoneiros e condições financeiras externas adversas contribuíram para redução da projeção de crescimento

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 9 out 2018, 16h01 - Publicado em 9 out 2018, 08h58

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu as previsões para o crescimento do Brasil para 2018 e 2019, que passam agora a ser de 1,4% e 2,4%, respectivamente, segundo o documento Perspectiva Econômica Mundial, com o título “Desafios para crescimento constante”.

A mudança para baixo da previsão para este ano foi uma das maiores feitas pelo FMI. Em julho, as projeções para o PIB do país estavam em 1,8% para 2018 e 2,5% para 2019. Em abril, o fundo estimou que a economia do país avançaria 2,3% neste ano e 2,5% no próximo.

“A previsão de crescimento para 2018 é menor que a projeção de abril em 0,9 ponto porcentual em razão das interrupções causadas pela greve nacional dos caminhoneiros e condições financeiras externas mais apertadas, que são uma fonte de risco para a perspectiva”, destacou o FMI.

Para o último trimestre de 2018, o FMI projeta que o PIB brasileiro deve crescer 1,7% ante o mesmo período de 2017 e subir 2,5% entre outubro a dezembro de 2019 em relação aos mesmos três meses deste ano.

A instituição multilateral ressalta que o país está numa rota de recuperação, com alta do PIB de 1% em 2017, depois de ter passado pela forte recessão de 2015-2016. Contudo, o FMI aponta que a retomada da economia em países emergentes, além de ser influenciada por fatores internos, sofre efeitos do processo de normalização da política monetária nos EUA, que afetou neste ano esses países em geral. O fundo estima que, no médio prazo, a taxa de expansão do Brasil deve ser de 2,2%, marca que deverá ser alcançada em 2023.

Fiscal

O vice-diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas do Fundo Monetário Internacional, Gian Maria Milesi-Ferretti, afirmou que reformas estruturais no Brasil, especialmente a da Previdência, “são necessárias para a melhora das condições fiscais” no país.

“A reforma da Previdência Social é essencial para assegurar a sustentabilidade fiscal e garantir justiça, dado que os gastos com pensões são elevados e estão subindo e as aposentadorias são indevidamente generosas para alguns segmentos da população”, destacou o Fundo, referindo-se ao Brasil. “Enquanto recentes medidas para elevar a transparência são bem-vindas, o arcabouço fiscal precisa ser reforçado, incluindo o aumento da flexibilidade do Orçamento.”

Ao responder sobre o que o FMI espera do próximo presidente do país na gestão das políticas fiscal e monetária, Ferretti respondeu: “A reforma da Previdência é fundamental para a estabilidade das contas públicas no longo prazo. Com as incertezas nos mercados globais, mudanças fiscais no Brasil tornam-se mais importantes”.

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