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FMI pede à zona do euro que dê continuidade a reformas

Por Por Jordi Zamora
21 abr 2012, 20h55

O Fundo Monetário Internacional (FMI) encerrou neste sábado sua reunião semestral com um novo pedido à zona do euro para que realize “reformas estruturais ambiciosas”, para conseguir um crescimento maior, e após haver concluído, em princípio, uma ampliação de capital de 430 bilhões de dólares.

Na próxima segunda-feira, os olhos estarão voltados para a reação dos mercados a esta complexa operação entre os países ricos e os emergentes (G20), da qual detalhes ainda estão pendentes.

“Na zona do euro, a busca por avanços até a viabilidade da dívida, a estabilidade financeira e reformas estruturais ambiciosas serão cruciais para aumentar a confiança e a produtividade, facilitar a volta ao equilíbrio da união monetária, e promover um crescimento forte e equilibrado”, assinala o comunicado do Comitê Financeiro e Monetário Internacional do Fundo.

“A economia mundial se recupera progressivamente, porém há mais por fazer”, destaca o comitê, que determina a orientação política do Fundo. “Se necessário, continuaremos agindo coletivamente para recuperar a confiança, promover o crescimento e criar empregos”, afirmaram os países-membros.

A zona do euro elogiou o novo apoio ao Fundo, assinalando que contribuiu com o grosso dos recursos, ou 200 bilhões de dólares. Brasil, Rússia e China não anunciaram qual será sua contribuição exata, o que representa um presságio de negociações futuras.

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Os países emergentes mostram-se mais críticos do que nunca em relação ao fato de a redistribuição de cotas de poder no Fundo, acertada em 2010 com o primeiro grande aumento de capital, ainda não ter sido concretizada.

O governo de Barack Obama, que não irá contribuir com o novo fundo de 430 bilhões de dólares, sequer submeteu ao Congresso a proposta que reduziria levemente seu poder de voto como principal acionista do FMI.

O Canadá também decidiu não contribuir com a ampliação de capital, por considerar a zona do euro suficientemente rica.

As atenções se voltam principalmente para a Espanha, cujo prêmio de risco para a dívida soberana continua subindo preocupantemente nos mercados. “Minha percepção é de apoio às medidas do governo espanhol”, disse o ministro da Economia, Luis de Guindos, em entrevista coletiva após a reunião.

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A Espanha participou do encontro semestral do Fundo, e das reuniões do G20, em meio a uma disputa com a Argentina por causa da expropriação das ações da YPF que estavam em poder da petroleira espanhola Repsol.

“Estimular e proteger o investimento é crucial para a recuperação global”, assinala o comunicado final. “Reafirmamos nossa responsabilidade coletiva, para evitar o protecionismo em todas as suas formas.”

O ministro argentino da Economia, Hernán Lorenzino, atacou, em seu discurso no Comitê, o que considerou um excesso de atenção à Europa. “Muitos esforços e recursos humanos e financeiros foram dedicados, principalmente a regiões ricas, durante muito tempo. Infelizmente, ainda resta muito a fazer”, criticou.

O vice-presidente argentino, Amado Boudou, afirmou hoje em Buenos Aires que não teme represálias pela expropriação da YPF-Repsol.

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