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FMI faz alerta para possível recessão global em 2012

Por Por María Lorente
5 out 2011, 11h36

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou nesta quarta-feira que “não é possível descartar” uma recessão global em 2012 e pediu que os países europeus evitem frear o crescimento econômico com drásticos planos de austeridade.

É possível que “a atividade econômica caia” em 2012, disse em uma coletiva de imprensa o diretor do Fundo Monetário Internacional para Europa, Antônio Borges, durante a apresentação do Relatório sobre a Economia Europeia divulgado em Bruxelas.

Para evitar esta possibilidade, “recomendamos a mudança da política econômica europeia, para que deixe de lado as medidas de austeridade e siga o exemplo das políticas de estímulo dos Estados Unidos e Reino Unido”, afirma a análise.

Os líderes políticos da União Europeia têm desenhado e adotado planos drásticos para reduzir os déficits públicos, principalmente a Grécia, Portugal e Irlanda, que precisaram ser socorridos pela Europa e pelo FMI, mas também a Itália e Espanha, que estão na mira dos mercados.

O FMI disse confiar no pagamento do empréstimo de 8 bilhões de euros concedido à Grécia no ano passado para evitar a quebra do país.

“Acreditamos num final positivo” nas negociações entre Grécia e seus credores (FMI, União Europeia e Banco Central Europeu), que se reúnem em Atenas para avaliar se o país tem cumprido com suas promessas de austeridade, afirmou Borges.

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As declarações foram feitas pouco depois que os ministros da Economia europeus reavivaram os temores de que Grécia não cumpra com seus compromissos, após adiar mais uma vez o pagamentos dos 8 bilhões na segunda-feira.

O Eurogrupo exige mais medidas ed austeridade e privatizações por parte de Atenas para preencher o buraco orçamentário esperado para 2013 e 2014.

O FMI ressaltou que o segundo plano de resgate para a Grécia, aprovado em julho, deverá ser reexaminado para assegurar a sustentabilidade da dívida do país e as medidas que impulsionam o crescimento econômico.

“Será necessário um novo plano que se concentre em uma dívida sustentável” e no “retorno do crescimento”, declarou Borges.

Neste sentido, o líder da equipe do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, assegurou que o segundo plano decidido na reunião europeia no dia 21 de julho, poderá ser submetido a “revisões técnicas”.

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Portanto, é provável que a porcentagem que os bancos têm que emprestar seja superior aos 21% previstos.

Há um risco muito grande de que as finanças gregas afundem e espalhem a crise, afirmou o ministro sueco das Finanças, Anders Borg.

Com as escolas e museus fechados, vôos anulados e hospitais que funcionam pela metade, a Grécia vive nesta quarta-feira uma jornada de greve no setor público contra as medidas de austeridade impostas para enfrentar a crise da dívida.

Neste sombrio panorama, a chanceler alemã Angela Merkel se reúne hoje em Bruxelas com os líderes políticos da Comissão Europeia, apesar do assédio dos mercados, que temem que os planos europeus de ajuda aos bancos em dificuldades sejam ineficazes.

A crise da dívida está a ponto de fazer sua primeira vítima: o banco franco-belga Dexia. Os clientes do Banco Dexia Bélgica, filial do grupo bancário Dexia, retiraram nas últimas horas 300 milhões de euros de suas contas, afirmou o jornal econômico belga holandês De Tijd.

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