FMI deve entrar só com 10% dos € 130 bi de resgate grego
O fundo já havia anunciado que sua contribuição para um novo pacote de ajuda ao país seria significativamente menor do que um terço
O Fundo Monetário Internacional (FMI) deve contribuir com apenas com 13 bilhões de euros dos 130 bilhões de euros definidos para o segundo pacote de resgate à Grécia, de acordo com fontes próximas das negociações. Caso as informações se confirmem, os países da zona do euro terão de arcar com uma parcela do empréstimo bem maior que as das outras três ajudas financeiras a países da região com dificuldades.
Segundo autoridades, a contribuição menor do FMI deve-se a temores dos membros do fundo de que o organismo esteja se tornando excessivamente exposto à crise na União Europeia. Além disso, quando os líderes da zona do euro concordaram em conceder novo empréstimo aos gregos, o fundo já havia anunciado que sua a contribuição seria significativamente menor. Nos outros empréstimos, o organismo comprometeu-se com um terço: 30 bilhões de euros para a Grécia, 22,5 bilhões de euros para a Irlanda e 26 bilhões de euros para Portugal.
No entanto, as informações ainda são preliminares. Fontes disseram às agências de notícias que o reforço do FMI ainda não está definido e será um tópico das discussões entre as autoridades do Eurogrupo – o conjunto dos ministros das Finanças dos países da zona do euro – no domingo e na próxima segunda-feira. O principal assunto a ser abordado no encontro é justamente o acordo para a segunda ajuda à Grécia após meses de negociações.