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FMI defende reformas estruturais para destravar crescimento

Christine Lagarde sugere mudanças no mercado de trabalho e mais investimentos em infraestrutura para fortalecer economia brasileira

Por Da Redação
9 out 2014, 13h26

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, recomenda que o Brasil promova reformas no mercado de trabalho e amplie investimentos para melhorar a infraestrutura. Segundo ela, o governo brasileiro e de vários outros países precisam agir para evitar que a expansão da economia mundial entre em nível “medíocre”. “Reformas estruturais são uma prioridade para destravar o crescimento.”

As recomendações de Lagarde estão na agenda de política econômica apresentada nesta quinta-feira ao Comitê Monetário Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês), órgão que dá as diretrizes políticas para o FMI.

O Brasil é citado duas vezes no texto. A primeira é quando Lagarde fala da necessidade de reformas no mercado de trabalho, necessária tanto na economia brasileira como nos Estados Unidos, União Europeia, China e Índia. “Estas reformas são uma prioridade”, diz a dirigente, destacando que elas podem melhorar a produtividade dos trabalhadores, tendo assim reflexos positivos na confiança dos agentes e na atividade econômica.

Lagarde cita o Brasil novamente quando fala da necessidade de medidas para estimular o investimento. “O investimento em infraestrutura vai estimular a demanda e fortalecer o crescimento”, afirma a diretora-gerente do FMI, ressaltando que em países emergentes e desenvolvidos, o investimento público em obras de infraestrutura deve ser feito com responsabilidade.

“O último retrato da economia mundial parece desconfortavelmente familiar: uma recuperação frágil e desigual, com um crescimento menor que o esperado e com crescentes riscos (para as taxas serem ainda menores)”, afirma Lagarde. Por isso, a política fiscal deve ser amigável à atividade econômica, enquanto nos países desenvolvidos a política monetária deve permanecer apoiando a atividade econômica. No último caso, porém, a dirigente reconhece que enquanto a zona do euro precisa de mais estímulos monetários, os EUA têm o desafio de gradualmente normalizar sua política.

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Lagarde pede que os governos fiquem vigilantes aos riscos do mercado financeiro mundial, principalmente ao crescimento do sistema não bancário (chamado de “shadow banking”) e se preparem para um ambiente menos favorável, por causa da normalização das políticas monetárias nos países desenvolvidos. Para os emergentes, a recomendação é que reconstruam colchões de proteção e as taxas de câmbios sejam usadas para absorver choques.

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Inflação – Lagarde afirma que a inflação está acima da meta em vários países emergentes e excessos no setor financeiro são crescentes na China. A dívida corporativa aumentou em alguns destes mercados, a consolidação fiscal está atrasada e as reformas estruturais têm sido desiguais. No geral, é preciso lidar com problemas estruturais nestes mercados. A dirigente ressalta no final do documento que não houve avanços na reforma de cotas do FMI. Países emergentes, como Brasil e China, querem mais poder de voto na instituição.

(Com Estadão Conteúdo)

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