Washington, 22 nov (EFE).- O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta terça-feira reformas que ‘aumentarão a flexibilidade e o alcance’ de seus empréstimos para dar maior liquidez e ajuda de emergência aos países-membros, uma medida pensada para ajudar imediatamente os sócios da zona do euro.
‘Estas reformas permitirão que o Fundo responda melhor às diversas necessidades de liquidez dos membros com políticas (econômicas) sólidas’, informou um comunicado do organismo.
O FMI quer poder utilizar suas linhas de crédito para ajudar países com economias sólidas, mas com necessidades extraordinárias de liquidez, além das situações contempladas até agora (conflitos ou desastres naturais, por exemplo).
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, elogiou a direção da instituição ‘pela resposta rápida em apoio aos membros nestes tempos difíceis’.
‘Atuamos rapidamente e os novos instrumentos nos permitirão uma resposta mais rápida e eficaz para benefício de todos os membros’, acrescentou.
Uma das reformas substitui a ‘linha de crédito preventivo’ por uma ‘linha preventiva de liquidez’, mais flexível, que pode ser usada sob o que o comunicado descreve como ‘circunstâncias mais amplas, inclusive como proteção contra choques futuros e janela de liquidez de curto prazo’.
Para que um país membro utilize este instrumento, o FMI deverá avaliar que seu Governo ‘aplica marcos institucionais de política e sólidos fundamentos econômicos’ e que ‘permaneça comprometido a manter essas políticas no futuro’.
Essa linha pode ser usada como uma ‘janela de liquidez’ que permita regras de seis meses para enfrentar as necessidades de pagamentos a curto prazo.
‘O acesso sob um acordo (com o Fundo) de seis meses não excederá 250% da cota de um membro (no FMI), que poderá aumentar a um máximo de 500% em circunstâncias excepcionais nas quais um membro encare necessidades de pagamento que sejam de curto prazo e resultem de choques externos, inclusive as condições regionais ou globais de maior tensão econômica’, comentou o comunicado.
Os acordos podem ser feitos, também, com prazos de 12 a 24 meses com um acesso equivalente a 500% da cota do país membro pelo primeiro ano e até 1000% no segundo ano. EFE