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FMI alerta para risco no sistema financeiro global

Em relatório, Fundo afirma que riscos de crédito e liquidez subiram e que a crise atingiu uma nova fase, muito mais política

Por Da Redação
21 set 2011, 12h13

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou, nesta quarta-feira, um novo relatório alertando para o aumento dos riscos em relação ao sistema financeiro global. Segundo o estudo, que antecipa o início do encontro anual do Fundo, marcado para esta quinta-feira, a economia global sofre seu primeiro revés desde a crise de 2008, devido aos problemas políticos e fiscais que Estados Unidos e Europa têm enfrentado. No último relatório de estabilidade divulgado pelo Fundo, em abril deste ano, ainda não se considerava a hipótese de uma contaminação da economia global. O cenário, no entanto, se deteriorou. “Os riscos de estabilidade financeira aumentaram substancialmente nos últimos meses. A crise, agora em seu quinto ano, está em uma nova fase, mais política”, informa o FMI no relatório Estabilidade Financeira Global.

O Fundo alerta, pela primeira vez, para a deterioração do sistema bancário europeu, estimando que as instituições da zona do euro tiveram um impacto de 200 bilhões de euros desde o início da crise da dívida soberana. Ainda não é possível, segundo o FMI, estimar as necessidades de capital dos bancos – mas os riscos se tornam ainda mais expressivos pelo fato de as instituições estarem inteiramente interconectadas, por meio do mercado financeiro. “Alguns bancos já perderam acesso a crédito privado”, informa o Fundo.

Nos Estados Unidos, o foco de atenção é a incapacidade política do governo e da oposição de implementarem medidas de ajuste fiscal suficientes para fortalecer a estabilidade financeira e gerar crescimento. “O ambiente de fraqueza política e financeira aumenta a preocupação sobre o risco de default e demanda uma estratégia coerente para evitar o contágio e fortalecer o sistema financeiro”, revela o relatório.

Sobre os emergentes, apesar das perspectivas de crescimento – ainda que moderado – o Fundo alerta para os efeitos da desaceleração global nas economias exportadoras de commodities. Há preocupações que pairam sobre o mercado de crédito, especialmente após a evolução deste setor após a crise de 2008, nas economias emergentes. “Onde a política fiscal é frouxa, pode haver superaquecimento, desequilíbrio financeiro e uma deterioração da qualidade de crédito, tendo em vista que as projeções de inadimplência aumentaram significativamente para algumas regiões”, informa o Fundo. O relatório cita o Brasil ao mencionar o crédito: “A qualidade do crédito parece forte na superfície, mas o rápido crescimento do crédito doméstico – sobretudo nas famílias – coloca um desafio-chave para a estabilidade futura, especialmente no Brasil e na Turquia”, diz o estudo.

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