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FMI adverte sobre perigo de contágio bancário da Europa na América Latina

Por Timothy A. Clary
4 jan 2012, 18h59

O agravamento da crise financeira da zona do euro poderá contaminar bancos com filiais na América Latina, advertiu nesta quarta-feira o responsável para a região do Fundo Monetário Internacional (FMI), Nicolás Eyzaguirre.

“Se a crise financeira na Europa se agravar, o impacto sobre a estabilidade financeira dos bancos filiais da zona do euro na América Latina pode ser muito maior”, explicou o funcionário em um blog para avaliar as perspectivas econômicas da América Latina.

A região já demonstrou um bom manejo dos efeitos da crise mundial desde 2008, mas a persistente morosidade econômica nos países desenvolvidos não lhe permitirá aumentar sua taxa de crescimento em 2012, prevista em 4%.

O Fundo atualizará essas previsões em 24 de janeiro, mas a princípio, a América Latina não terá revisada para cima suas perspectivas, disse Eyzaguirre.

“Na medida em que a crise europeia permanece contida, o mais provável é que o crescimento na América Latina continue sendo positivo, ainda que menor que o de 2010-11”, disse.

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Segundo Eyzaguirre, algumas filiais de bancos da zona do euro mantêm uma quarta parte dos ativos bancários dos países latino-americanos, e muitos desses bancos estão adotando políticas de crédito mais conservadoras para reforçar seus balanços, explicou.

O Banco Espanhol, que sofre crescentes problemas de financiamento nos mercados, possui 25% do mercado no México, Chile e Peru.

“Apesar de estes bancos terem tido a precaução de financiar a maior parte de suas atividades na América Latina com depósitos de residentes e em moeda local, é possível que gerem uma grande demanda por fundos em dólares, seja por uma menor oferta de suas casas matrizes ou por um corte das linhas de crédito externa”, disse Eyzaguirre.

No final de dezembro, o Banco Inter-americano de Desenvolvimento (BID) aprovou um total de 162 projetos na América Latina ao longo de 2011 no valor de 10,8 bilhões de dólares, dos quais já desembolsou 8,3 bilhões, informou a entidade.

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Os projetos de infraestrutura e meio ambiente representaram quase 61% da carteira da entidade, seguidos de programas de fortalecimento institucional e finanças 29% e projetos sociais 9%, informou seu presidente, Luis Alberto Moreno, em um relatório anual.

As economias latino-americanos e caribenhas cresceram 4,3% em 2011, e a pobreza continuou baixando em toda a região, até 30,4%, destacou Moreno.

O presidente do BID assegurou em seu informe que a América Latina sofre um “atraso descomunal” em termos de infraestrutura, e que os sistemas de segurança social deverão assegurar sua sustentabilidade financeira para não cair nos mesmos problemas que os países europeus.

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