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Fluxo para emergentes deve continuar e preocupa BCs

Por aqui, o BC deve manter a Selic estável na reunião do Copom do dia 28 de maio e, pela primeira vez desde agosto de 2013, fechar o mês reduzindo sua posição líquida em swap cambial

Por Da Redação
18 Maio 2014, 15h54

O excesso de liquidez global visto nos últimos meses, inflado pela frustração com o “tapering” e renovado pela promessa de mais flexibilidade monetária, agora na Europa, ainda deve manter o fluxo de divisas para os países emergentes aquecido por um tempo. Esses recursos começam a incomodar os bancos centrais de países emergentes, incluindo o brasileiro, apesar do fluxo dar alguns sinais de fadiga.

A Colômbia, por exemplo, começou a comprar dólares. A Coreia, dos poucos asiáticos com apreciação cambial, elevou o tom contra a especulação e fala em ajudar os exportadores. Já o BC da Turquia, cuja moeda está entre as líderes em valorização ante o dólar, dá sinais de que pode sucumbir às pressões do governo e flexibilizar o aperto monetário, mesmo com a inflação em alta.

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Por aqui, o BC deve manter a Selic estável na reunião do Copom do dia 28 de maio e, pela primeira vez desde agosto de 2013, fechar o mês reduzindo sua posição líquida em swap cambial – a autoridade monetária deixará vencer aproximadamente metade do lote total com vencimento previsto para junho, se mantiver o ritmo de colocações e rolagem, e sua posição vendida encolherá pelo primeiro mês desde o início deste programa de intervenção cambial, nota a equipe econômica do Itaú BBA, em relatório para clientes.

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As ações dos BCs estão longe de ser uma orquestração contra a guerra cambial, mas são um reflexo direto do fluxo excessivo de recursos que voltou para as nações em desenvolvimento e provocou apreciação das moedas. O Brasil recebeu um dos maiores fluxos de recursos para renda fixa em toda a história no primeiro trimestre do ano. O saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País no acumulado do ano até março ficou em 11 bilhões de dólares, ante 1,7 bilhão de dólares no mesmo período do ano passado. O volume só perde para o terceiro trimestre de 2013 (15 bilhões de reias, na sequência da zeragem do IOF para esse tipo de aplicação).

Como reflexo, desde o começo do ano, o dólar marca queda de 6,2% ante o real. Ao mesmo tempo, os juros mais longos, que rondavam o patamar de 13%, agora oscilam entre 12% e 12,3%. “Nunca o diferencial de juros foi tão grande”, alerta um operador, lembrando que em 2008, quando o Brasil tirou o IOF, os juros domésticos estavam em 8,75%, com taxa próxima de zero lá fora. Agora, a Selic está em 11%, pagando até mais para papéis mais longos, com a mesma taxa zerada no exterior, e também sem IOF.

(Com Estadão Conteúdo)

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