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Fitch começa hoje reuniões com equipe econômica para avaliar nota de risco do país

Ela é a segunda agência de 'rating' a desembarcar no Brasil para conversar com o ministro da Fazenda e seu time

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h38 - Publicado em 18 mar 2015, 10h56

A agência Fitch começa nesta quarta-feira em Brasília as reuniões com a equipe econômica para o processo anual de avaliação da nota de risco de crédito do Brasil com atenção redobrada dos investidores do mercado financeiro. A Fitch é a segunda agência de classificação de risco que desembarca no Brasil para discutir problemas e soluções fiscais do país. Desde 2011 a Fitch mantém a nota de grau de investimento do Brasil dois níveis acima do grau especulativo e viés estável.

Como a Standard & Poor’s e a Moody’s – as outras duas grandes agências – fizeram movimentos da nota do Brasil, no ano passado, quando a deterioração dos indicadores econômicos brasileiros já havia se acentuado, é grande a expectativa em torno do processo de revisão da Fitch porque a agência não se mexeu até agora.

O governo brasileiro permanece otimista em conseguir uma trégua da agência. A avaliação é de que a Fitch tem a tradição de levar em consideração na sua análise os compromissos dos governos dos países analisados e deve aguardar a reposta da economia às medidas de ajuste fiscal e de política monetária implementadas pela nova equipe econômica.

“O compromisso do ministro Levy (Joaquim Levy, da Fazenda) é forte. Não há razão para a Fitch se movimentar para baixo”, destacou uma fonte do governo. A avaliação é de que a mensagem de compromisso com a meta fiscal das contas públicas é clara e crível, permitindo a estabilização da dívida pública.

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Nas conversas com representantes da Fitch, Levy deve reforçar que o crescimento da economia vai se recuperar a partir do segundo semestre. A ideia é transmitir confiança na capacidade de as medidas adotadas (corte de gastos e aumento de impostos) darem uma resposta positiva ao quadro negativo da economia.

Em julho do ano passado, quando a Fitch manteve a nota do Brasil com viés estável, o comunicado da agência justificou a decisão dizendo que a diversidade econômica do país, as instituições relativamente desenvolvidas, uma alta capacidade de absorção de choques com uma robusta posição externa líquida e um sistema bancário adequadamente capitalizado contrabalanceavam a fraqueza estrutural das contas públicas.

A manutenção da nota do Brasil ocorreu meses depois de a Standard & Poor’s (S&P) ter rebaixado o seu rating do Brasil. Logo em seguida, em setembro, a Moody’s, às vésperas das eleições presidenciais, rebaixou de estável para negativa a perspectiva da nota do Brasil.

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Em comunicados recentes, a Fitch tem destacado que a estratégia do governo para incentivar o crescimento e enfrentar os desequilíbrios macroeconômicos, como a inflação elevada e os altos déficits fiscal e de conta corrente, será fundamental para a trajetória do rating soberano do País.

Num comunicado distribuído hoje, a Fitch afirmou que os mercados emergentes estão passando por uma desaceleração generalizada e, em alguns casos, até contração. A agência ressalta que o Brasil está em recessão desde meados de 2014 e prevê uma queda de 0,4% no Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2015.

Em 2016, o país deverá ter crescimento de “apenas” 1,5%, afirmou a Fitch em um relatório. O documento alimentou expectativas ruins sobre a avaliação do agência em relação ao Brasil.

Uma das preocupações da agência é com os efeitos das investigações de corrupção na Petrobras e das dificuldades políticas enfrentadas pela presidente. O governo quer mostrar para agência que com diálogo com o Congresso vai conseguir enfrentar as resistências às medidas. A missão é chefiada pela diretora senior de rating soberanos, Shelly Shetty.

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(Com Estadão Conteúdo)

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