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Financiamento imobiliário cai pela metade no primeiro semestre

Volume de desembolsos foi de 22,6 bilhões de reais; associação do setor estima que o saldo chegue a 50 bilhões de reais em 2016, um recuo de 34%

Por Da redação
Atualizado em 27 jul 2016, 14h35 - Publicado em 26 jul 2016, 14h52

O volume de recursos desembolsados pela principal linha de financiamento imobiliário do país caiu à metade no primeiro semestre, disse nesta terça-feira Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que representa as financiadoras. A entidade vê uma lenta retomada do setor, na esteira de medidas da Caixa Econômica Federal e na melhora das expectativas para a economia.

Entre janeiro e junho, foram desembolsados para a compra de imóveis pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) 22,6 bilhões de reais, queda de 49% em comparação com o mesmo período de 2015, segundo a Abecip.

O pano de fundo desse movimento, com desemprego, inflação e juros elevados, deve levar o setor à segunda queda anual seguida e ao pior desempenho em sete anos. A previsão da Abecip é que o volume concedido em 2016 como um todo fique ao redor de 50 bilhões de reais, o que significaria um recuo de 34% sobre o ano passado. Isso só seria superior aos 34 bilhões de reais repassados pelo SBPE em 2009.

“O mercado chegou ao fundo do poço”, disse o presidente da Abecip, Gilberto de Abreu Filho a jornalistas. “Há alguns sinais de que o setor começa a ressurgir”. Segundo o executivo, a melhora nas expectativas econômicas, como de queda da inflação e, consequentemente, dos juros de longo prazo, além de medidas recentes da Caixa Econômica Federal para ampliar os financiamentos do setor, sinalizam uma melhora do mercado em 2017.

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Na semana passada, a Caixa anunciou que vai elevar o teto do valor de imóveis financiáveis, o porcentual de financiamento para imóveis de valores maiores e facilitar condições para construtoras, num esforço para acelerar os desembolsos no segundo semestre.

Para Abreu Filho, neste segundo semestre o ritmo dos financiamentos imobiliários ainda deve ser “morno”, em parte devido à contínua perda de recursos pela caderneta de poupança, principal fonte de recursos para o setor. Com rentabilidade de 6% ao ano mais TR, a poupança teve resgates líquidos de 34,7 bilhões de reais no ano até junho. Isso após uma saída líquida de 50 bilhões de reais no ano passado.

“Enquanto a Selic estiver nesses níveis (atualmente em 14,25% ao ano), a poupança continuará tendo saídas”, disse. O executivo acredita que ainda em 2016 o Banco Central deve regulamentar a Letra Imobiliária Garantida (LIG), instrumento de mercado isenta de Imposto de Renda e cuja remuneração pode ser atrelada a taxas fixas ou flutuantes e até à variação cambial, o que pode dar um fôlego adicional ao setor.

(Com Reuters)

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