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Fibria planeja ficar mais exposta à variação cambial

Por Da Redação
26 jul 2012, 11h59

Por André Magnabosco

São Paulo – A mudança de fundamentos macroeconômicos e consequente percepção de que o real deve se manter em patamares mais desvalorizados em relação ao dólar levou a Fibria a adotar uma política de redução de operações de hedge de fluxo de caixa. De acordo com o diretor financeiro Guilherme Cavalcanti, a posição que no início deste ano era de 49% caiu para 39% no segundo trimestre. “E para o final do próximo trimestre esperamos ter apenas 20% da exposição protegida”, afirmou o executivo em teleconferência com jornalistas realizada na manhã desta quinta-feira. “Ou seja, vamos ficar mais expostos à variação cambial porque vamos nos beneficiar mais da desvalorização do câmbio”, complementou.

O executivo destaca que a atual situação do mercado explica essa nova estratégia em termos de hedge de fluxo de caixa. O governo deu sinais de que o câmbio deve permanecer em patamares mais atrativos para a indústria exportadora. Além disso, a queda dos juros e a trajetória da balança comercial brasileira são indicadores que sustentam a previsão de que o real permanecerá em níveis elevados em relação ao dólar. Cavalcanti, contudo, não revelou a projeção de dólar médio trabalhada pela companhia para 2012.

Além de questões macroeconômicas, a decisão da Fibria de assumir uma maior exposição do fluxo de caixa ao dólar, e consequentemente reduzir o montante necessário para hedge, reflete a redução dos níveis de alavancagem da companhia. A alavancagem da empresa medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda caiu de 5,2 vezes no primeiro trimestre para 4,7 vezes no segundo trimestre. Em valores dolarizados, o indicador caiu de 4,8 vezes para 4,2 vezes.

O indicador de endividamento da Fibria pode cair ainda mais nos próximos trimestres devido ao efeito cambial nos resultados operacionais da empresa e à possibilidade de a companhia realizar novas operações de pré-pagamento de dívida. Em julho, a Fibria concluiu operação avaliada em US$ 514 milhões em recompra de parte de títulos com vencimento em 2020. “É um cenário provável que tenhamos novas recompras de títulos mais pra frente, mas ainda não determinamos quais dívidas podemos recomprar”, afirmou o executivo. A recompra de títulos associados a acordos com bancos, como operações de pré-pagamento de exportações, entretanto, não está na lista de alternativas. “São dívidas com custos bastante atraentes no momento”, ressaltou.

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