Fiascos de vendas de Lady Gaga e Madonna minam os resultados da T4F
Empresa de entretenimento teve prejuízo de 4 milhões de reais por queda na venda dos ingressos
Por Da Redação
22 fev 2013, 20h50
A empresa de entretenimento T4F, conhecida por trazer shows e espetáculos internacionais ao Brasil, amargou resultados financeiros ruins em 2012 em decorrência da queda nas vendas de ingressos de shows internacionais, em especial o encalhe notado nas apresentações de Lady Gaga e Madonna. A empresa amargou um prejuízo 4 milhões de reais em 2012, ante um lucro de 61,1 milhões de reais no ano anterior. Apenas no quarto trimestre do ano (período em que as duas artistas se apresentaram), as perdas foram de 31,2 milhões de reais – resultado que acabou sendo atenuado pelos ganhos dos trimestres anteriores.
A T4F reconheceu, em seu balanço, que sua divisão de shows de música ao vivo outdoor (ao ar livre) – categoria usada para designar shows em estádios – foi a responsável pelos resultados ruins. “O resultado de 2012 foi impactado, principalmente, pelo desempenho de música ao vivo, notadamente outdoor, onde os shows promovidos especificamente no quarto trimestre de 2012 contribuíram aquém do esperado para o resultado do ano e, em alguns casos, negativamente”, afirmou a empresa, em comunicado.
A empresa afirmou que a queda nas vendas de ingressos se deve ao aumento dos preços e ao grande número de shows trazidos ao Brasil no ano passado. Segundo a T4F, houve “excessiva oferta de shows e diluição de potencial de público e patrocínio”. O cenário econômico adverso observado em 2012 também é um argumento usado pela empresa para explicar a queda nas vendas.
O número de eventos de música ao vivo caiu 10% em relação a 2011, para 358. Já o volume de ingressos vendidos recuou 26%, para 1,5 milhão. E o valor médio das entradas, por sua vez, avançou nada menos que 33%, para 173 reais – impulsionado, sobretudo, pelos altos preços cobrados nos shows das duas estrelas do pop, Madonna e Lady Gaga, cujo valor dos ingressos variava de 100 a 850 reais. Conforme as datas dos shows de ambas se aproximavam, a T4F se viu obrigada a promover um ‘saldão’ de ingressos para acabar com os estoques. Os descontos chegavam a 250 reais, à época.
Em novembro do ano passado, reportagem do site de VEJA mostrou que a disputa de mercado dos conglomerados de entretenimento criados recentemente, como a T4F, a XYZ Live e a IMX, de Eike Batista, terminou por inflacionar o setor e criar um encalhe de ingressos relevante para os shows das duas cantoras – e também outros artistas. Segundo especialistas, verdadeiros ‘leilões’ feitos por produtores internacionais acabavam conseguindo com que empresários brasileiros pagassem cachês muitas vezes mais altos que os cobrados na Europa e nos Estados Unidos – o que resultava em ingressos caríssimos.
O Brasil, que ficou décadas sem receber grandes estrelas internacionais, passou a aceitar os preços exorbitantes de ingressos como sendo a única alternativa para assistir aos shows. Contudo, com a avalanche de eventos trazidos ao país no ano passado, o antigo apetite foi enfraquecido.
O gosto amargo de 2012 afeta, inclusive, os planos de shows para 2013. A T4F informou que ainda não tem shows ao ar livre confirmados para o ano, embora os eventos em casas de espetáculos se mantiveram. Entre os artistas internacionais que virão nesse formato estão Jamiroquai, Jonas Brothers, Regina Spektor, Alejandro Sanz, Keane. A banda Coldplay, que estava confirmada para se apresentar o primeiro semestre, cancelou sua turnê na América Latina, disse a empresa.
Publicidade
Giro VEJA - quarta, 17 de abril
A 'laranja podre' na energia elétrica e a reação de Lira contra o governo
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a defender nesta quarta-feira,17, uma modernização dos contratos de distribuição de energia elétrica. Silveira, que se encontrou com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, para tratar da concessão envolvendo a Enel, foi questionado por jornalistas sobre a reunião, e afirmou ter laranjas podres no segmento de energia. A questão envolvendo a Enel e o desgaste do governo federal com o presidente da Câmara, Arthur Lira são destaques do Giro VEJA.
Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 2,00/semana*
ou
Impressa + Digital
Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 39,90/mês
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis CLIQUE AQUI.